Argumenta-se no Brasil que um cidadão de bem não pode ter uma de fogo em casa, porque há o perigo de crianças fazerem uso. Mas nos Estados Unidos, onde a venda de armas é liberada, as estatísticas mostram que é dez vezes mais perigoso você enviar uma criança para uma casa que tenha uma piscina do que para uma casa que tenha uma arma de fogo. E olha que lá tem mais armas do que piscinas! (Fonte: Livro “Freaknomics”)
E aqui no Brasil é muito maior o diferença. Confiram este texto da revista Crescer, da Editora Globo: “Em 2013, os acidentes que mais mataram crianças (até 14 anos de idade) no Brasil ocorreram no trânsito, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde relativos à rede pública e organizados pela ONG Criança Segura. Dos 4.580 jovens de até 14 anos que morreram naquele ano, 38% foram vítimas do trânsito. As crianças que eram pedestres e que estavam dentro de veículos foram as mais atingidas, seguidas pelas que estavam de moto e, por fim, em bicicletas”.
PRINCIPAIS CAUSAS – A análise dos dados de 2013 e 2014 revela que os acidentes em geral ainda são a principal causa de mortes de crianças a partir de 1 ano de idade no Brasil e a principal causa de hospitalização foram as quedas em 47% dos casos. Vamos conferir os números levantados pela revista Crescer:
“Afogamento: 24%; Sufocação: 18%; Queimadura: 6%; Quedas: 5%; Intoxicação: 2%; Armas de fogo: 1%. Detalhe, neste número de 1% está incluídas as crianças vítimas de balas perdida, o que reduz muito o índice de acidentes caseiros com armas.
No dia 27 de agosto deste ano, um menor aqui do DF pegou um carro (a imprensa não teve curiosidade de perguntar se o carro era da mãe, do pai ou do cachorro da família), encheu a cara de álcool e de drogas e matou duas senhoras e um bebê atropelados.
É claro que a notícia não teve maior repercussão, porque o crime não aconteceu com uma arma de fogo. Mas se tivessem acontecido tais mortes por arma de fogo nos Estados Unidos, teriam sido noticiadas com estardalhaço aqui no Brasil!
AFOGAMENTOS – Nos primeiros cinco meses de 2017, foram registradas 14 mortes nas águas do Lago Paranoá, aqui de Brasília, um lugar que é pouquíssimo frequentado por banhistas. Em 2016 foram 60 afogamentos, segundo o “Jornal de Brasília”.
E eu também duvido que os acidentes com armas de fogo (com crianças e adultos) tenham chegado 10% desse total no mesmo período.
Se Bolsonaro pretende interpretar corretamente o Estatuto do Desarmamento e o plebiscito que permitiu a venda de armas, mas não foi respeitado, certamente vai ganhar muitos votos.
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