segunda-feira, 23 de outubro de 2017

O problema das privatizações são os interesses escusos que estão por detrás


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Charge do Nico (Arquivo Google)
Roberto Nascimento
Fala-se em reativação comercial do Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, para atender a interesses de políticos da base do presidente Michel Temer. Na verdade, o esvaziamento do aeroporto da Pampulha, com a proibição de vôos entre as capitais, ocorreu em 2005, no primeiro governo Lula, e foi viabilizado para proteger os então controladores do aeroporto privado de Confins, leia-se: Andrade Gutierrez. O objetivo foi concentrar os voos em Confins para proteger a iniciativa privada. Então, a tão falada concorrência é apenas da boca para fora. Quando um aeroporto administrado pela Infraero começa a concorrer com um aeroporto privatizado, vem o governo e destrói o aeroporto público, acabando com a concorrência.
Este é o lado pior de governos que não deixam existir a livre concorrência, para que o usuário do transporte aeroviário escolha a melhor opção entre o público e o privado.
EXEMPLO DE CABRAL – Essa decisão de impedir voos de aeronaves comerciais na Pampulha prejudicou os passageiros da grande Belo Horizonte, que são obrigados a fazer um trajeto de 40 km de Confins até BH.
A mesma atitude foi tomada pelo ex-governador Sérgio Cabral, que mandou a chefe do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) na época e que agora está numa diretoria do BNDES, colocar obstáculos na questão de ruído para impedir voos de aeronaves no Santos Dumont a partir das 23:00h, o que fez com que a empresa aérea AZUL desistisse de montar sua base operacional no Rio de Janeiro e optasse para Campinas, bombando aquele aeroporto pequeno, que pulou de dois milhões de passageiros ao ano para quase 10 milhões de passageiros ao ano.
O objetivo de Cabral era ajudar a Odebrecht, então controladora do Aeroporto Tom Jobim, privatizado e concorrente direto do aeroporto Santos Dumont.
UMA VERGONHA – Este comportamento dos governantes é uma vergonha e atenta contra os postulados da livre iniciativa e da concorrência sadia, que deveria favorecer o consumidor brasileiro. O governo intervém no setor privado para favorecer A ou B, de acordo com suas conveniências políticas e partidárias, e quem sai prejudicado sempre é o consumidor.
No caso do Aeroporto da Pampulha, o que me deixa constrangido é o silêncio do governador petista Fernando Pimentel, que nada faz em relação ao caso. Se fosse Itamar Franco o governador, isso jamais ocorreria com Minas Gerais. Por pouco, Itamar peitou FHC e colocou a PM de prontidão, às margens do Lago de Furnas, para reagir à bala caso o tucano tentasse privatizar a CEMIG.
Itamar, sim, foi um grande brasileiro, mas até hoje não apareceu outro topetudo como ele para defender seu estado e o país.
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