Os parlamentares cobram a liberação mais rápida de verbas para emendas que apresentaram ao Orçamento e a entrega de cargos na máquina federal, o que ainda não foi concluído. Alguns desses compromissos foram feitos pelo Planalto para garantir a vitória na Câmara por 263 votos a 227 em agosto. Por não terem sido realizadas na sua totalidade, os deputados ficaram desconfiados e já deram sinal de que não estão de brincadeira.
Na semana passada deram o primeiro deles. Na votação de uma medida provisória, a Câmara manteve o foro privilegiado de Moreira Franco por uma diferença de apenas cinco votos. Deputados afirmam que o placar de 203 a 198, com sete abstenções, não foi apenas uma reação pessoal ao ministro, que já não conta com grande simpatia de governistas no Congresso.
As críticas a Imbassahy partem de siglas do "centrão", grupo de partidos governistas de médio e pequeno porte que reúne cerca de 200 dos 513 deputados. "Ele atrapalha muito mais que ajuda. É um secretário que não conversa com os líderes", disse o líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL), à Folha.
Imbassahy disse não ter conhecimento das críticas. O líder do PMDB, Baleia Rossi (SP) minimizou os ataques ao ministro tucano. "A posição que ele ocupa é das mais difíceis no Palácio. Por mais que ele se esforce, não consegue atender todas as demandas. Acaba ficando com alguém reclamando. Mas ele tem trabalhado de maneira correta e tem sido leal", afirmou o parlamentar peemedebista.
Desta vez, Temer é denunciado por obstrução da Justiça e organização criminosa, acusação que recai também sobre seus ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral).
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