domingo, 24 de setembro de 2017

Merkel celebra a vitória de seu partido nas eleições da Alemanha

Chanceler alertou, no entanto, para a força do AFD

A chanceler alemã, Angela Merkel, celebrou neste domingo (24) a vitória de seu partido CDU/CSU nas eleições do país. Ela deve assumir seu quarto mandato consecutivo à frente da Alemanha nos próximos dias.
"Nós esperávamos um melhor resultado, mas não vamos esquecer que temos desafios nesse novo período legislativa. Conseguimos ganhar, e eu tenho a função de construir o governo e liderar esse governo. É uma responsabilidade estar há 12 anos no governo ", disse agradecendo a todos que "confiaram" na sigla.
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Muito aplaudida por seus correligionários, Merkel lembrou da "entrada do AFD no Bundestag e temos que fazer uma análise séria sobre isso e entender quais são as razões para a eleição desse partido".
"Temos que ser um país com justiça social e queremos construir um país e uma Europa mais forte. Precisamos lidar com as imigrações e como gerir isso também sob o foco da segurança. Temos muitas responsabilidades", destacou.
"Temos que fazer uma análise séria sobre isso e entender quais são as razões para a eleição desse partido [AFD]", disse Merkel em discurso neste domingo na Alemanha
"Temos que fazer uma análise séria sobre isso e entender quais são as razões para a eleição desse partido [AFD]", disse Merkel em discurso neste domingo na Alemanha
Urnas
Foram abertas às 8h (3h no horário de Brasília) as urnas das eleições na Alemanha neste domingo (24). A votação, que segue até às 18h (13 no horário de Brasília), segue sem incidentes. Os mais de 61,5 milhões de alemães foram às urnas para eleger os representantes do Bundestag, o Parlamento do país, que nomeará o novo chanceler nos próximos 30 dias.
O partido da chanceler alemã Angela Merkel, a União Democrata-Cristã (CDU), em coalizão com o União Social-Cristã (CSU), conquistou 32,5% dos votos, segundo pesquisa de boca de urna. O Partido Social-Democrata (SPD), do líder Martin Schulz, deve conquistar 20% dos votos. Como terceira força, aparecem os representantes da sigla de extrema-direita e ultranacionalista do Alternativa para a Alemanha (AFD) com 13,5%. Já o Partido Liberal Democrático (FDP) tem 10,5% dos votos, os Verdes tem 9,5% e o A Esquerda teve 9%.
O temor de Schulz, assim como o de Merkel e da comunidade internacional, é um grande avanço do Alternativa para a Alemanha (AFD). Se os resultados se confirmarem, essa será a primeira vez desde 1945 - após a queda do nazismo - que ao menos um deputado de extrema-direita volta ao Parlamento do país. "Estamos no Bundestag e mudaremos o país", comemorou o candidato principal da lista do AFD, Alexander Gauland.
Ainda se os números foram confirmados, apesar de uma leve tendência de aumento, a CDU de Merkel teria uma grande derrota na comparação com àquela de 2013, quando obteve 41,5% dos votos.

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