Quatro dias após uma fazenda do ex-ministro Geddel Vieira Lima ter sido
ocupada por índios no município de Potiraguá, no sul da Bahia, uma outra
propriedade da família foi assaltada no município de Maiquinique. As
cidades ficam distantes cerca de 55 quilômetros. Os ladrões teriam
levado algumas cabeças de gado da propriedade. A informação foi
divulgada ao G1 pelo advogado da família Vieira Lima, que atua no caso,
Franklin Ferraz.
Ele contou que o caso ocorreu na noite de quarta-feira (27). Segndo informação preliminar obtida pela defesa, um grupo entrou na fazenda em um caminhão, embarcou algumas cabeças de gado e fugiu. Ferraz detalha que os envolvidos, que chegaram ao local em dois cavalos, ainda abandonaram os animais na propriedade. O delegado Antônio Roberto Gomes da Silva Júnior, que é coordenador da Polícia Civil da região, confirmou o registro da denúncia. Ele disse que na queixa foi relatado o furto de ao menos 25 cabeças de gado. "Chegaram com um caminhão e embarcaram o gado", relata. A polícia trabalha com duas hipóteses. A primeira é de que o caso tenha relação com invasão da fazenda em Potiraguá. A segunda é de que tenha a ver com suspeitos que assaltam fazendas da região. O caso está sendo investigado. O advogado Franklin Ferraz contou ao G1 que a Justiça converteu, nesta sexta-feira (29), o pedido de reintegração de posse da fazenda ocupada por índios em Potiraguá em um pedido de diligência na propriedade para que se verifique as circunstâncias da invasão. Com isso, Ferraz disse que um oficial foi encaminhado para o local, sob proteção policial, para verificar quem são os ocupantes, quantos são e quais as motivações da ocupação. "O juízo protelou a decisão de reintegração para melhor esclarecimento dos fatos. A expectativa da defesa é que "se possa analisar os fatos e que se conclua pela reintegração", disse o advogado. O G1 não conseguiu ter acesso à decisão judicial. A TV Santa Cruz, afiliada da Rede Bahia, esteve na fazenda e conseguiu conversar com um dos líderes da ocupação. O índio de Ararauã, que é do município de Pau Brasil, disse que o terreno da fazenda já foi usado como cemitério por povos indígenas. "A gente está lutando para estar no espaço onde tem um cemitério dos nossos antepassados. Essa terra aqui tem o espaço dos nossos antepassados". Como o local é considerado sagrado, os indígenas pedem demarcação de terra na fazenda. O delegado Antônio Roberto Gomes da Silva Júnior disse que os depoimentos dos funcionários confirmam que a invasão do terreno foi feita por indíos. "Três funcionários disseram que eles estavam armados e falavam em dialetos, indicando que realmente se tratam de índios", afirmou. O delegado destaca que todos os funcionários que estavam na fazenda, e que foram feitos de reféns, foram liberados pouco após a ocupação. Ninguém foi ferido pelos índios. A Fazenda Esmeralda foi invadida por volta das 2h do sábado por cerca de 25 homens, que estavam armados com espingardas e outras armas longas. Geddel está preso no complexo da Papuda, em Brasília, desde 8 de setembro. A prisão ocorreu três dias após a polícia ter encontrado R$ 51 milhões em cédulas em um imóvel supostamente utilizado por ele. Antes, ele já cumpria prisão domiciliar em Salvador. (G1)
Ele contou que o caso ocorreu na noite de quarta-feira (27). Segndo informação preliminar obtida pela defesa, um grupo entrou na fazenda em um caminhão, embarcou algumas cabeças de gado e fugiu. Ferraz detalha que os envolvidos, que chegaram ao local em dois cavalos, ainda abandonaram os animais na propriedade. O delegado Antônio Roberto Gomes da Silva Júnior, que é coordenador da Polícia Civil da região, confirmou o registro da denúncia. Ele disse que na queixa foi relatado o furto de ao menos 25 cabeças de gado. "Chegaram com um caminhão e embarcaram o gado", relata. A polícia trabalha com duas hipóteses. A primeira é de que o caso tenha relação com invasão da fazenda em Potiraguá. A segunda é de que tenha a ver com suspeitos que assaltam fazendas da região. O caso está sendo investigado. O advogado Franklin Ferraz contou ao G1 que a Justiça converteu, nesta sexta-feira (29), o pedido de reintegração de posse da fazenda ocupada por índios em Potiraguá em um pedido de diligência na propriedade para que se verifique as circunstâncias da invasão. Com isso, Ferraz disse que um oficial foi encaminhado para o local, sob proteção policial, para verificar quem são os ocupantes, quantos são e quais as motivações da ocupação. "O juízo protelou a decisão de reintegração para melhor esclarecimento dos fatos. A expectativa da defesa é que "se possa analisar os fatos e que se conclua pela reintegração", disse o advogado. O G1 não conseguiu ter acesso à decisão judicial. A TV Santa Cruz, afiliada da Rede Bahia, esteve na fazenda e conseguiu conversar com um dos líderes da ocupação. O índio de Ararauã, que é do município de Pau Brasil, disse que o terreno da fazenda já foi usado como cemitério por povos indígenas. "A gente está lutando para estar no espaço onde tem um cemitério dos nossos antepassados. Essa terra aqui tem o espaço dos nossos antepassados". Como o local é considerado sagrado, os indígenas pedem demarcação de terra na fazenda. O delegado Antônio Roberto Gomes da Silva Júnior disse que os depoimentos dos funcionários confirmam que a invasão do terreno foi feita por indíos. "Três funcionários disseram que eles estavam armados e falavam em dialetos, indicando que realmente se tratam de índios", afirmou. O delegado destaca que todos os funcionários que estavam na fazenda, e que foram feitos de reféns, foram liberados pouco após a ocupação. Ninguém foi ferido pelos índios. A Fazenda Esmeralda foi invadida por volta das 2h do sábado por cerca de 25 homens, que estavam armados com espingardas e outras armas longas. Geddel está preso no complexo da Papuda, em Brasília, desde 8 de setembro. A prisão ocorreu três dias após a polícia ter encontrado R$ 51 milhões em cédulas em um imóvel supostamente utilizado por ele. Antes, ele já cumpria prisão domiciliar em Salvador. (G1)
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