Só tem pressa que o país funcione quem está sentindo dores na sala de espera de um hospital público, quem tem filho estudando em escola sem professor, quem aguarda vaga para tratar de um câncer no hospital estadual, quem foi assaltado e precisa chegar à delegacia, quem necessita arrumar um emprego para pagar as contas, quem tem amor ao próximo e empatia com o sofrimento alheio, mesmo que o problema afete um desconhecido, e quem está com a barriga vazia e não sabe se terá pelo menos um ovo frito para o jantar.
Mas tem gente que, por estar bem alimentado e com o salário e aposentadoria garantidos, não demonstra nenhuma pressa, nem qualquer sentimento de empatia ou de humanidade. São pessoas que agem movidas, talvez, por algum instinto primitivo desqualificado e, portanto, não se importam com o caos, com as mortes de inocentes ou com a tortura e o sofrimento de milhões de homens, mulheres e crianças maltrapilhos.
DESCASO – Esse pouco caso das autoridades e, destacadamente, dos nossos atuais ministros do Supremo Tribunal Federal com o sofrimento dos mais fracos só tem comparação com o que aconteceu na Alemanha:
As autoridades alemães também não se preocupavam com o que acontecia por detrás das cercas de arame farpado. Não lhes diziam respeito! Afinal, eles apenas conduziam os “seres inferiores” para o cativeiro; eram outros que apertavam o gatilho, cavavam as covas e ligavam o registro de gás…
A mesma coisa acontece hoje: O que acontece em nosso país por detrás do vidro fumê dos seus carros não lhes diz respeito! Em última análise, são as autoridades que mantêm os corruptos, fraudadores e assassinos nas ruas, além de desviar verbas da merenda, dos hospitais públicos, dos órgãos de segurança, da Petrobrás, do BNDES e das prefeituras, dos governos… Enfim, são outros que ligam o registro de gás em nosso país, que teve mais de um milhão de mortos nas ruas e nos hospitais na última década.
SINAL DOS TEMPOS: Leiam esta notícia sobre novidades no mercado automotivo: “Apesar de o setor de carros leves amargar consequentes retrações na venda de veículos, ocasionando crise na produção e demissões em massa, o segmento de blindagem de veículos permanece em plena ascensão. Segundo dados da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), em 1995, a frota de blindados no país somava 388 veículos. Mais de vinte anos depois, esse montante ultrapassa, com folga, os 160 mil. Um crescimento bastante significativo, responsável por alçar o Brasil à liderança mundial neste tipo de processo, ultrapassando países tradicionais como Estados Unidos e México.”
http://www.autoo.com.br/brasil-lidera-mercado-de-carros-blindados-no-mundo/
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