Antes protagonista, agora coadjuvante, o EcoSport quer voltar a brilhar no segmento dos utilitário-esportivos (SUV). Com a recente safra de concorrentes com projetos mais novos, a Ford recorreu a alguns recursos para tentar chamar a atenção para o modelo, já que algo mais efetivo exigiria o desenvolvimento de uma nova geração.
O primeiro ponto trabalhado foi o visual. As mudanças se concentram basicamente na dianteira, com faróis e grade redesenhadas. Na traseira, o famigerado estepe continua pendurado na tampa traseira, recurso que nenhum concorrente utiliza. Para executivos da marca, isso faz parte da identidade do EcoSport. Nos mercados europeu e norte-americano, o modelo abandonou a solução.
Um pacote de equipamentos mais recheado é outro artifício da Ford para chamar a atenção para o SUV, com destaque para a central multimídia Sync3 com conectividade para Android Auto e Apple CarPlay. Os mais críticos podem falar que ficou parecendo uma improvisação, já que a tela sensível ao toque – de 6,5 polegadas nas versões de entrada e oito nas demais – fica destacada no centro do painel, que tem toda parte superior feita com material macio.
Sete airbags, controles eletrônicos de estabilidade e tração e isofix são padrão em todas as configurações.<QA0>
Força
A grande novidade no EcoSport está no conjunto mecânico. O motor 1.6 sai de cena e dá lugar a um novo 1.5 de três cilindros. Ele tem potência de 137 cv com etanol e 130 cv com gasolina, sempre a 6.500 rpm. O torque máximo, a 4.500 rotações, é de 16,1 kgfm e 15,6 kgfm com os mesmos combustíveis, respectivamente.
O propulsor 2.0 – até 176 cv e 22,5 kgfm de torque com etanol – continua sendo ofertado na configuração top de linha. O que saiu de cena foi o problemático câmbio automatizado de dupla embreagem Powershift. Ele foi substituído por um automático “tradicional” com seis marchas. Há também a opção de câmbio manual de cinco velocidades.
A engenharia da Ford retrabalhou a suspensão do EcoSport: a dianteira ganhou 15 mm de curso e novas buchas. A marca garante que a absorção de impactos melhorou 15% e a aspereza ao volante foi reduzida em 40%. Atrás, a barra de torção ficou mais rígida e foram adotadas novas molas e buchas para incrementar a estabilidade.
Versões e preços
A configuração inicial SE tem preço de R$ 73.990. A FreeStyle, R$ 81.490. O câmbio automático nas duas versões acrescenta R$ 5.000 ao valor. A top Titanium, apenas com a caixa automática, custa R$ 93.990. As vendas começam na segunda quinzena de agosto.