segunda-feira, 31 de julho de 2017

Como estamos anestesiados, dá para aguentar o Temer até o fim de 2018


Willy Sandoval
Estamos meio anestesiados. Tirando os petralhas, com certeza ninguém está disposto a ir para as ruas gritar “Fora Temer”! O inverso também é verdadeiro: ninguém está disposto a ir para as ruas gritando “Fica Temer”! O que mais me irrita mesmo, muito mais do que saber se Temer cai ou não cai, é observar a total falta de propostas para que uma situação como a que vivemos hoje, que representa um pesadelo e uma tragédia praticamente inéditos, possa se repetir no futuro.
Uma proposta como a implantação do Parlamentarismo, ou então, um projeto que previsse que o afastamento de um presidente da República, através de um impeachment ou ação judicial, significasse obrigatoriamente a necessidade de convocação de eleições gerais para a Presidência e cargos do Poder Legislativo, deputados e senadores.
Pelo jeito, são propostas que não passam de sonhos de uma noite de verão para todos nós, pessoas de bem, pois quem tem voz mesmo são apenas os políticos patifes e os coniventes ministros do Supremo.
DÁ PARA AGUENTAR – Estamos cansados, de modo geral acho que dá para aguentar Temer até o fim de 2018. Aliás, se ele tiver algum bom senso, sai candidato a deputado federal (porque a senador, acho que não dá mais) e larga o poder no final de abril de 2018, para se desincompatilizar.
De certa maneira, concordo com a posição do general Villas Bôas, comandante do Exército. No próximo ano teremos mais uma chance de mudar tudo o que está aí. Numa escala menor e ainda insuficiente, isso já aconteceu nas eleições municipais do ano passado. Houve uma limpeza razoável, o outrora todo poderoso PT não conseguiu fazer uma única prefeitura na Grande São Paulo, umas míseras prefeituras no estado todo, a única exceção foi Araraquara, praticamente nenhuma prefeitura de capital.
Nas eleições do ano que vem, vamos continuar a assepsia. Partidos como o Novo, o Podemos e alguns outros poderão diminuir a mediocridade atual. Vamos ter um pouco mais de paciência. 2018 está logo aí.
E O LULA? – A meu ver, o Lullarápio não precisa necessariamente ser preso para não participar da eleição. Aliás, o mais importante é que não participe, seja impedido de concorrer. Porque, digo e repito, na hipótese de o Lullarápio concorrer e, pior ainda, ganhar a eleição, será simplesmente o fim do Brasil.
As pessoas de bem, pagadoras de impostos, não aceitarão de jeito algum a volta de um marginal como esse ao Poder. No mínimo iremos fazer desobediência civil, milhares de pessoas poderão inclusive pegar em armas, partir para a ignorância. É uma situação de alto risco.
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