terça-feira, 4 de abril de 2017

Médicos da rede estadual e do Samu de Salvador paralisam na quinta


Categoria reivindica questões como piso salarial, reajuste inflacionário e liberação de extensão de carga horária

Rebeca Bastos/ BAHIA.BA
Foto: Ivan Baldivieso | AGECOM
Foto: Ivan Baldivieso | AGECOM

Os médicos da rede estadual de saúde decidiram, após assembleia realizada há duas semanas, realizar uma paralisação de advertência na próxima quinta-feira (6). Conforme o Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindmed), a categoria orientou os profissionais a suspenderem consultas, procedimentos e cirurgias eletivas, e remarcarem para outra data. Os casos de urgência e emergência devem ser atendidos.
Conforme a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) informou por nota, nesta terça-feira (4), os centros de referência, ambulatórios e serviços de urgência e emergência da rede estadual “funcionarão normalmente” na data anunciada.
Os médicos reivindicam questões como piso salarial, reajuste inflacionário, liberação de extensão de carga horária, regulamentação de adicional noturno, retomada da mesa de negociação setorial, realização de concurso público e destravamento do Plano de Carreiras, Cargos e Vencimentos. As demandas também foram elaboradas no mesmo encontro que definiu o dia de mobilização.
Samu – A decisão de paralisar as atividades também foi aceita pelos médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que vão cruzar os braços não somente na quinta, mas por tempo indeterminado. Uma assembleia realizada pelos profissionais decidiu que, durante o período, uma equipe médica básica para atendimentos emergenciais será mantida, até que “uma eventual resposta das autoridades” seja dada.
O principal motivador para o ato é uma insatisfação com o novo modelo de contrato imposto pela IGH, empresa terceirizada que contrata a maioria dos profissionais do Samu. Conforme o sindicato, os profissionais reclamam de cláusulas “abusivas e ilegais de admissão de Pessoa Jurídica”. Por isso, eles não assinaram o contrato e resolveram que vão permanecer no cargo e tentarão a contratação por meio da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e exigirão equiparação de piso salarial, “pagamento imediato” de salários atrasados, adequação da quantidade de médicos por equipe e melhoria nas condições de trabalho.
Uma nova reunião para a organização do movimento e avaliação de uma eventual resposta das autoridades está agendada para a noite desta quarta (5), na sede do Sindimed, em Ondina.

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