domingo, 2 de abril de 2017

Armas matam – carros, caminhões, aviões e a INTERNET também!

por bordinburke  /  POR UM BRASIL SEMPOPULISMO
O portal G1, do grupo Globo de comunicações, lançou semana passada uma ferramenta de "checagem de fatos", que permite aos usuários contribuírem na caça a "notícias falsas" disseminadas pela grande rede de computadores. Esta ladainha foi muito utilizada na campanha de Hillary Clinton nos Estados Unidos, e espalhou-se como uma praga pelo mundo do jornalismo "isento" após a vitória de Donald Trump. Afinal, quando os veículos da mídia tradicional fazem torcida em vez de análise, nada mais natural do que buscar classificar como inautênticos quaisquer fontes de informação que não sejam eles mesmos. Diante da novidade,   muitos internautas teceram considerações interessantes ao acessarem a área de comentários da página:
Mas pensam que parou por aí a campanha contra os cronistas independentes da Internet? Que nada: agora até ataque terrorista islâmico vira gancho para atacar o meio de comunicação mais democrático e popular já inventado - e que, por enquanto, ainda não foi "regulado" o suficiente para salvar a reserva de mercado da imprensa ordinária (no bom e no mau sentido).
Foi no programa Fantástico de domingo passado, quando de reportagem sobre o muçulmano que matou três pessoas e feriu várias outras em frente ao parlamento inglês. O foco inicial da matéria era o fato de que o "atacante" nada mais era do que um "lobo solitário", sem ligações com o ISIS, em uma clara intenção de desvincular o assassino do Islã - muito embora salientar que qualquer islamista pode transfigurar-se em um genocida de infiéis, mesmo sem pertencer a um grupo radical, advogue contra a seita de Maomé, a meu ver, mas deixemos assim por ora.
Eis que, na sequência da análise tão imparcial quanto o Casagrande comentado jogo do Corinthians, vem à tona o real intento da emissora: demostrar que o islamista radicalizou-se pela Internet, lendo postagens e assistindo vídeos produzidos pelo Estado Islâmico,  bem como mantendo contato online  com outros extremistas.
Vejam vocês: se não fosse pelo Youtube, o Facebook, o WordPress e o Skype, aquele terrível atentado em Londres não teria acontecido! Até mesmo "especialistas" da rede BBC (aquela mesma cujos jornalistas da filial brasileira recentemente "justificaram" seu hábito de não utilizar a palavra terrorista para referir-se a "defensores da liberdade" e "vingadores de injustiças") produziram um documentário especial narrando a trajetória de terroristas graduados na modalidade EAD - ensino à distância.
Então ficamos assim: basta não permitir que tais pessoas suscetíveis de se explodirem por aí tenham acesso a este "conteúdo didático impróprio" online que elas não irão virar lobisomens com a primeira lua cheia infiel, certo? É claro que, durante este processo de vigilância das publicações em websites, pode ser que um ou outro usuário tenha seu direito a livre manifestação do pensamento censurado, mas nada que não justifique a paz mundial, não é mesmo? Diante deste cenário, nada mais justo que aprofundar o controle tudo que é dito pela Internet, dando ao Estado poderes infinitos sobre o gerenciamento do mundo virtual.
Palhaçada das maiores, isso sim! A velha mania da extrema-esquerda de culpar a arma e não o indivíduo pelo seu crime. Vão propor um "desarmamento de Wifi" agora, para sanar o problema? É bom nem dar ideia.
Mas tudo bem: eu aceito o debate proposto pela TV britânica, inclusive concordando que os ataques não possuem relação de espécie alguma com os ditames do Corão, se os ingleses me mostrarem um (01, apenas um) campo de treinamento paramilitar de crianças, como este do vídeo abaixo, que seja mantido por cristãos, judeus, espíritas, católicos, evangélicos, umbandistas, professantes do candomblé, enfim: qualquer outra religião? Challenge accepted, BBC?
bordinburke | 28 de março de 2017 às 17:23 | Categorias: Sem categoria | URL: http://wp.me/p7qnL4-273

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