O juiz federal Sergio Moro, responsável pelas ações da Operação Lava
Jato na primeira instância, em Curitiba, condenou nesta quinta-feira o
ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) a quinze e quatro meses de prisão
pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de
divisas. O processo se refere ao recebimento de propina na compra do
campo petrolífero de Benin, na África, pela Petrobras, em 2011. Preso
desde outubro de 2016, Cunha é acusado de ter ganhado valores que chegam
a 1,5 milhão de dólares por participação no esquema. De acordo com a
denúncia da procuradoria, esse montante foi “ocultado” em repasses a
contas no exterior em nome de offshores ou trusts que abasteciam os
cartões de crédito internacionais usados pelo parlamentar e por seus
familiares. O peemedebista sempre negou as acusações. Segundo a
investigação, a Petrobras pagou 34,5 milhões de dólares por 50% do bloco
de exploração à Compagnie Béninoise des Hydrocarbures (CBH), que
repassou 10 milhões de dólares a empresas do lobista João Augusto
Henriques. Apontado como operador do PMDB na Petrobras, também preso e
réu na Lava Jato, Henriques teria sido o responsável por repassar a
propina milionária a Cunha. O caso está nas mãos de Moro desde setembro
do ano passado, quando o ministro falecido do Supremo Tribunal Federal
(STF) Teori Zavascki encaminhou o processo à Justiça de primeiro grau
após Cunha ser cassado no plenário da Câmara dos Deputados. (Veja)
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