quinta-feira, 30 de março de 2017

Denunciados pelo MPF, Negromonte e Britto negam “mesada” de propina



Por Alexandre Galvão
Denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF), o conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios, Mário Negromonte e o deputado federal Roberto Britto (PP) negaram receber “mesadas” de propina. 
 
Segundo o MPF, foram identificados dois esquemas de desvio de recursos: na diretoria de Abastecimento (Petrobras) e outro ligado aos benefícios que a Braskem, empresa do Grupo Odebrecht, obteve a partir da atuação no setor petroquímico da estatal. O prejuízo foi de US$ 35 milhões, entre 2006 e 2012.
 
“Isso é coisa antiga. Denúncia de criminoso confesso e não tem prova material. Estou tranquilo. Nunca, de jeito nenhum, recebi mesada de propina. Nem eu e nem o coitado do Mário Jr.”, afirmou Negromonte, ao Bocão News
 
Britto disse que iria esperar ser notificado pela Justiça, mas também negou ter recebido os pagamentos. “Isso nunca existiu, mas vou aguardar minha defesa. Deixa eu ser notificado”, pediu.
 
Coordenador da força-tarefa, procurador Deltan Dallagnol, afirmou que, pelo menos, 21 políticos receberam propinas entre R$ 30 mil e R$ 300 mil por mês, a título de mesadas.
 
“As evidências colhidas ao longo da investigação apontam que o dinheiro ilícito da corrupção da Petrobras foi empregado para o enriquecimento ilícito dos participantes e para financiar campanhas eleitorais. Neste último aspecto, a corrupção, além dos seus efeitos perniciosos mais usuais, atenta contra a legitimidade do processo democrático, por desequilibrar artificialmente as disputas eleitorais”, disse Dallagnol, em coletiva.
 
Mário Negromonte Jr. foi procurado, mas não respondeu aos telefonemas.

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