Ambrósios Grill foi fundado em 2002 e agora está com as atividades encerradas
Na capital mineira, conforme levantamento da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), há em funcionamento aproximadamente 18.600 bares, restaurantes, lanchonetes e casas noturnas autorizadas a comercializar alimentos. Por ano, dezenas deles fecham as portas e outros tantos abrem. A rotatividade é considerada comum pela associação, já que a grande maioria não resiste e encerra as atividades em menos de dois anos.
"O que nos deixa intrigados e preocupados são restaurantes já com 10, 12 anos de atividade, que são modelos de gestão, encerrando as atividades", lamentou Lucas Pêgo, diretor executivo da Abrasel. Ele avalia que os altos custos do setor, a diminuição do poder de consumo do brasileiro e os food trucks podem ter contribuído para o fechamentos destes tradicionais restaurantes.
Villa Roberti, no Belvedere, baixou as portas em 2016
"Temos mais pessoas desempregadas e, com a diminuição do poder de consumo, as pessoas buscam algo mais barato. O maior indicador disso é o retorno dos camelôs no Centro de BH, por exemplo. No nosso caso, enfrentamos os camelôs de comida", alfineta, referindo-se aos foods trucks.
Pêgo observa que os custos dos restaurantes são altos devido aos encargos, folha de pagamento e compra de material, além disso, há também um número elevado de leis a serem cumpridas. Para ele, a mesma exigência não é cobrada dos comerciantes sobre rodas.
"No estabelecimento credenciado, uma pessoa recebe o dinheiro, outra prepara a comida e outra faz a entrega do alimento. Se a vigilância sanitária flagrar alguma irregularidade, multa. A fiscalização do trabalho, porém, chega muito pouco nestes estabelecimentos informais", lamentou.
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