domingo, 1 de janeiro de 2017

Quer entender o governo Obama? Olhe para a Líbia


ml
Acima, algumas das principais rotas do fluxo migratório que usa a Líbia como portão de entrada para o Mediterrâneo e Europa.
Se vocês querem ter uma idéia do estrago que o Governo Obama causou no Ocidente, olhem para a Líbia. Alegando a necessidade de uma intervenção humanitária, o queridinho da mídia transformou um dos países mais estáveis e prósperos da África num paraíso para terroristas islâmicos e para toda sorte de criminosos, além de abrir um importante corredor migratório para africanos e médio-orientais que desejam atravessar o Mediterrâneo e entrar na Europa ilegalmente.
A crise migratória que a Europa enfrenta e os inúmeros ataques terroristas realizados em solo ocidental ao longo deste ano não são frutos do acaso ou da engenhosidade do ISIS. Sem a intervenção do Governo Obama na Líbia (palco do escândalo de Benghazi) e, mais amplamente, sem sua participação ativa na chamada "Primavera Árabe", nada disso estaria ocorrendo com a mesma intensidade — a Líbia hoje é a principal rota para os imigrantes ilegais, permitindo que cerca de 300 mil imigrantes (dentre os quais há um número indeterminado de terroristas) ingressem ilegalmente na União Européia todos os anos.
A intervenção na Líbia também foi a responsável por um alinhamento ainda maior entre a Rússia e a China, já que ofereceu aos representantes dos dois países a desculpa que precisavam para começar a votar em bloco contra os EUA no Conselho de Segurança da ONU, eliminando na prática a possibilidade de que os EUA usem esse fórum para avançar os interesses legitimamente americanos e ocidentais.
Somem a isso o vácuo de poder deixado no Iraque; o financiamento de mercenários e terroristas na Síria; o lamentável acordo com o Irã; a irresponsabilidade com Israel; a sucessão de trapalhadas em relação às tensões na Ucrânia e no Leste Europeu de modo geral; o socorro ao moribundo e tirânico governo cubano no momento em que ele mais precisava; a total passividade em relação ao avanço econômico e geopolítico chinês; as provocações desnecessárias ao governo russo; a redução unilateral do arsenal nuclear e dos investimentos militares; além do endividamento e da desmoralização pública da América; e você terá uma idéia do legado do prêmio nobel da paz: uma bomba relógio prestes a explodir e trazer todo o Ocidente abaixo.
Lembrem-se disso da próxima vez que vocês ouvirem algum idiota dizendo que o Obama está encerrando seu segundo mandato sem nenhum escândalo ou qualquer coisa do tipo.

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