Os juízes que assessoravam o ministro Teori Zavasck concluíram nesta sexta-feira as audiências com os 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht que fizeram acordos de delação nos processos da Lava Jato. O ex-presidente da construtora, Marcelo Odebrecht, foi um dos últimos dos que prestaram depoimento aos magistrados e, como os demais, confirmou integralmente o teor dos acordos de delação.
O trabalho recomeçou nesta semana, depois que a ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, autorizou as audiências. Ela tomou a decisão, conforme anunciamos aqui na “Tribuna da Internet”, após reunião com Rodrigo Janot, procurador-geral da República,que falou à ministra sobre a urgência do prosseguimento dos processos.
MAIS INVESTIGAÇÕES – No Judiciário, todos são unânimes em afirmar que a colaboração da Odebrecht vai dobrar o volume das investigações da Lava Jato. A homologação das delações poderá ser feita pela própria ministra Cármen Lúcia de modo dividido ou ser deixada para o novo relator dos processos.
O acordo de colaboração firmado com a Procuradoria-Geral da República prevê que apenas Marcelo Odebrecht continue na prisão até o fim do corrente ano. Sua pena, é prevista para dez anos, sendo os dois primeiros na prisão. Ele encontra-se preso preventivamente desde junho de 2015, por decisão do juiz Sérgio Moro por ser suspeito de haver pago propina para obter contratos na Petrobrás para sua empreiteira. Após decorrido esse período, terá direito a progressões gradativas: dois anos e meio em regime fechado domiciliar, dois anos e meio no regime semiaberto e a parte final em regime aberto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário