Por Redação Bocão News
Além dos 77 que já assinaram a delação premiada, há outros 45
executivos e ex-executivos da Odebrecht que devem ser chamados em breve
para entrar na lista de colaboradores, de acordo com o colunista Lauro
Jardim. Desta forma, segundo o colunista, aumenta a possibilidade de
entrarem novos políticos na relação dos encrencados.
A construtora Odebrecht, a maior do setor na América Latina, firmou um
acordo de leniência (ajuste de conduta) com o Ministério Público
Federal. Foi o primeiro passo para que dezenas de executivos e diretores
da empreiteira, inclusive o ex-presidente Marcelo Odebrecht, pudessem
finalmente também começar a assinar acordos de colaboração com a Justiça
negociados há meses nesta quinta.
Os termos do acordo de leniência preveem que a empresa pague uma multa
de 6,7 bilhões de reais ao longo de 23 anos – a maior indenização paga
por uma companhia brasileira por crimes de corrupção. Em valores
corrigidos, o montante chegará a 8,5 bilhões. Parte dos recursos será
revertido para autoridades dos Estados Unidos e Suíça, mas a maioria irá
para os cofres públicos brasileiros
Em contrapartida, a Odebrecht poderá continuar firmando contratos com o
poder público, algo visto como fundamental para que continue suas
operações e não feche as portas.
O acordo de colaboração com a Justiça é monumental e pode fazer a Lava
Jato, a já maior investigação da história brasileira, mudar de escala.
Executivos e ex-executivos do grupo querem fazer delação premiada em
troca de redução de pena, mas o acerto ainda precisa ser validado pelo
ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, relator dos
processos da Lava Jato.
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