quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Dilma Rousseff diz que Temer é um "presidente decorativo"


"Ele apenas respalda a política do PSDB. Ele passou de vice-presidente decorativo a presidente decorativo", disparou a ex-presidente

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Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Em entrevista a uma emissora da Venezuela, Dilma Rousseff utilizou boa parte do tempo para criticar o presidente do Brasil, Michel Temer (PMDB). Ela disse que o peemedebista não tem política própria. “Ele apenas respalda a política do PSDB. Ele passou de vice-presidente decorativo a presidente decorativo”, disparou.
Rousseff utilizou o termo “desmantelado” para definir o grupo político do presidente. “Com as investigações de corrupção. Seis ministros dele pediram demissão por conta de corrupção, inclusive, ele está sendo investigado”.
Ela também foi questionada se está arrependida por tê-lo escolhido para integrar sua chapa na disputa presidencial de 2014. “Não foi a melhor escolha. É o mínimo que posso dizer. Houve um erro político, o que é pior do que arrependimento. Não é uma questão pessoal de Michel Temer comigo. Temer representa o que antes se chamou no Brasil de centro democrático que foi, progressivamente, dando passos para a direita se tornando mais conservador, absolutamente conservador, no que diz respeito aos direitos sociais”.
Dilma Rousseff também falou sobre o processo de impeachment. “Eu acho que o golpe parlamentar tem dois componentes. Um, que é o principal, que é que nos interrompemos, em 2003, o processo de implantação do neoliberalismo, que havia sido implantado a passos largos pelo governo de Fernando Henrique Cardoso. Derrotamos por quatro vezes, a proposta neoliberal no Brasil. Eles aproveitaram a existência de uma crise, que nós tentamos evitar que ela acontecesse no Brasil e se uniram uma parte da oligarquia empresarial, a oligarquia política conservadora e a mídia. Se uniram e se aproveitaram desse momento”, disparou.
O jornalista venezuelano perguntou se “assusta o retrocesso que vive o Brasil depois do golpe parlamentar”.  “Assusta porque o Brasil, dos poucos passos para a redução da desigualdade, agora estamos assistindo uma ampliação da desigualdade com algumas medidas que são extremamente controversas. Hoje, estão apresentando um pacote que, simplesmente, diminui e reduz as garantias que ao longo dos últimos 50 anos se conseguiu para os trabalhadores brasileiros”, declarou a ex-presidente.

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