terça-feira, 29 de novembro de 2016

Pastor do RS usava fiéis de igreja para fraudar financiamentos, diz PF


Pastor era ex-funcionário do Banco do Brasil, demitido por causa da fraude.
De acordo com PF, veículos eram superfaturados com ajuda de funcionários.

Do G1 RS
Agentes da PF durante cumprimento das ordens judiciais no RS (Foto: PF/Divulgação)Agentes da PF durante cumprimento das ordens judiciais no RS (Foto: PF/Divulgação)
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (29) uma operação contra um esquema de fraudes no financiamento de veículos. O pastor de uma igreja, ex-funcionário do Banco do Brasil, é suspeito de usar fiéis para efetivar a fraude, que pode chegar a R$ 3 milhões.
São cumpridos oito mandados de condução coercitiva e 10 de busca e apreensão nas cidades de Porto Alegre, Cachoeirinha e Alvorada, na Região Metropolitana da capital. Veículos foram apreendidos, e o dinheiro da conta corrente dos investigados foi bloqueado.
A investigação conduzida por meio Operação Fides apontou o envolvimento de funcionários da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil no esquema, no qual veículos eram avaliados com valores acima do praticado no mercado para a concessão de financiamentos.
Operação combate fraudes em financiamento de veículos (Foto: PF/Divulgação)Operação combate fraudes em financiamento de
veículos (Foto: PF/Divulgação)
Contadores e técnicos em contabilidade elaboravam documentos falsos para a comprovação de renda dos clientes. A diferença entre o valor do veículo financiado e o valor de mercado ficava com os fraudadores, conforme divulgou a PF.
Duas lojas de veículos, uma localizada em Porto Alegre, e outra em Alvorada, na Região Metropolitana, participavam do esquema criminoso. Entre os investigados estava um ex-funcionário do Banco do Brasil, que também é pastor, e que foi demitido por conta da fraude. Ele é suspeito de cooptar fiéis da igreja dele para participarem da fraude. De acordo com a polícia, ele movimentava dinheiro das revendas de veículos para as contas da igreja, que seria usada para lavagem de dinheiro.
Conforme a polícia, os suspeitos também usavam documentos falsos para realização de empréstimos pessoais, obtenção de cartões de crédito e cheque especial.

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