terça-feira, 29 de novembro de 2016

Para Calheiros, Brasil tem de ter uma política que reduza os juros


Renan informou que no próximo dia 13 reunirá na sua residência em Brasília para um jantar um grupo de empresários para discutir uma agenda voltada para o crescimento

por
Estadão Conteúdo
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Na véspera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, defendeu que o governo Michel Temer adote uma política econômica para a redução dos juros e a retomada do crescimento do País.
Fazendo coro às críticas de setores do governo e aliados políticos, entre eles o PSDB, Renan advertiu que os empresários brasileiros estão "desesperados" e o governo precisa adotar uma agenda em favor do crescimento.

Na sua avaliação, não é verdade a ideia de que a taxa de juros existente do Brasil vai melhorar a relação entre dívida pública e o Produto Interno Bruto (PIB). "Para melhorarmos, temos que ter uma política que abaixe os juros", defendeu Renan. Ele ponderou, no entanto, que não se trata de uma "interferência" na política do Banco Central.

Renan informou que no próximo dia 13 reunirá na sua residência em Brasília para um jantar um grupo de empresários para discutir uma agenda voltada para o crescimento. Segundo ele, a reunião foi marcada a pedido dos empresários. Ele reforçou que o ajuste fiscal tem que ser entendido como um "dever e uma obrigação", mas por si só não resolverá os problemas da economia brasileira. "Se não tomarmos medidas para reanimar a economia, vamos para onde? A receita vai cair", advertiu.

O presidente do Senado defendeu a adoção de um modelo diferente, que não estimule o "rentismo", porque, segundo ele, hoje investir no Brasil para os empresários é considerado uma "babaquice" diante do risco e da carga tributária elevados.

Renan avaliou ainda que o grande erro da ex-presidente Dilma Rousseff foi não compatibilizar o crescimento da economia com medidas para reanimar a economia. Segundo ele, a Agenda Brasil, proposta pelo Senado no ano passado, está andando, mas o País precisa de um plano para sair da crise.

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