quarta-feira, 2 de novembro de 2016

'Dia dos Finados é como o 13º salário', diz pintor em cemitério de Macapá


Feriado colabora para o aumento na venda de produtos e serviços.
Data aumenta fluxo de pessoas nos três cemitérios da capital.

Jorge AbreuDo G1 AP
Cemitério, Dia dos Finados, Comércio, Amapá, Macapá (Foto: Jorge Abreu/G1)Ravaildo Silva aproveita o feriado para fazer reparos nos túmulos e garantir renda extra (Foto: Jorge Abreu/G1)
Centenas de pessoas devem visitar nesta quarta-feira (2) os três cemitérios de Macapá. O Dia de Finados é uma oportunidade para autônomos e ambulantes faturarem com serviços que vão desde pequenos reparos nos túmulos à venda de flores e velas. O pintor Ravaildo Silva, de 46 anos, diz que o lucro nesse período equivale a um 13º salário para o trabalhador.
O pintor conta que presta serviço há dez anos no cemitério Nossa Senhora da Conceição, localizado no bairro Cental, e tem mais dez clientes no cemitério São José, que fica no bairro Buritizal, na Zona Sul.
“Na época de Dia dos Finados, eu sempre trabalho com pinturas nos cemitérios porque já tenho clientela. Quando chega próximo da data, eles me procuram e venho fazer o serviço. Em outros anos a renda era maior, mas nos últimos três anos caiu muito o movimento. Mesmo assim, considero a data meu 13º salário, por aumentar meu lucro e ocorrer no fim do ano”, destacou o pintor.
Cemitério, Dia dos Finados, Comércio, Amapá, Macapá (Foto: Jorge Abreu/G1)Vendedora Rosiane Maia aumenta lista de produtos
para o Dia dos Finados (Foto: Jorge Abreu/G1)
Rosiane Maia, de 43 anos, foi uma das 20 vendedoras ambulantes que se cadastrou para atuar durante o feriado no entorno do cemitério Nossa Senhora da Conceição. Ela diz que trabalha há 16 anos com vendas de refrigerantes, água e outras bebidas em eventos da capital.
A vendedora conta que aproveita a data para ampliar a oferta de produtos e oferecer, além de bebidas, comidas e velas. Rosiane ressalta que o momento é para alavancar o lucro que tem sido baixo devido à crise financeira do país.
“Espero que no Dia do Finados, eu venda bem. Que tudo ocorra da forma mais tranquila. A expectativa é vender a mercadoria muito mais do que num dia normal. Mesmo diante de uma crise, precisamos trabalhar. Com jeitinho, a gente consegue”, reforçou, otimista.
Cemitério, Dia dos Finados, Amapá, Macapá (Foto: Jorge Abreu/G1)Junior Martins concilia o emprego de garçom com o
de vendedor para a data (Foto: Jorge Abreu/G1)
Para aumentar a renda da família, Junior Martins, de 39 anos, concilia o emprego de garçom com o trabalho temporário de vendedor de flores durante o Dia de Finados. Segundo ele, a produção de arranjos e flores artificiais ocorre seis meses antes da data. O trabalhador informou que há dez anos presta esse serviço no cemitério São José.
"Essa época pra mim representa uma renda extra porque é um mês que esperamos para ganhar um dinheiro a mais, pensando já no fim do ano. Eu me preparo seis meses antes da data com a produção dos arranjos e flores para chamar a atenção e fazer uma boa venda", relatou.
Cemitério, Dia dos Finados, Amapá, Macapá (Foto: Jorge Abreu/G1)Fluxo de pessoas aumenta durante o período do Dia dos Finados nos cemitérios (Foto: Jorge Abreu/G1)
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Cemitério, Dia dos Finados, Comércio, Amapá, Macapá (Foto: Jorge Abreu/G1)Centenas de pessoas são esperadas nos três cemitérios de Macapá (Foto: Jorge Abreu/G1)

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