sábado, 26 de novembro de 2016

Assessor que ajudou Geddel teve apoio de Eduardo Cunha para acumular cargos


Resultado de imagem para gustavo do vale rocha
Rocha também integra o Conselho Nacional do MP
Camila Mattoso e Rubens Valente
Folha
O advogado Gustavo do Vale Rocha já defendeu na Justiça o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), hoje preso em Curitiba por causa da Lava Jato, e foi apoiado pelo ex-parlamentar para uma vaga de conselheiro no CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público). Rocha ocupa o cargo desde 2015 no conselho. O advogado havia atuado em favor de Geddel Vieira Lima na Justiça Eleitoral, em representações variadas, até 2014. Ele atuava pelo PMDB da Bahia e também pelo candidato. Procurado pela Folha (25), Geddel afirmou, por escrito, que Rocha “era advogado do PMDB nacional em causas eleitorais”.
O advogado também foi personagem na saída do então ministro da AGU (Advocacia Geral da União), Fabio Osório Medina, em setembro. Ao sair, o então ministro afirmou que era alvo de fogo amigo na Casa Civil, que teria vindo de Rocha.
Rocha é alvo de críticas nos bastidores do Judiciário por acumular o cargo da assessoria jurídica do governo federal com a cadeira que tem no CNMP, órgão de controle externo do Ministério Público. À Folha ele afirmou que o CNMP decidiu “por unanimidade, pela compatibilidade entre as duas funções, bem como pelo Ministério Público Federal”.
RECONDUÇÃO – Gustavo já trabalha por sua recondução no conselho e apoia seu adjunto na Casa Civil, Felipe Cascaes, a uma vaga do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Ao justificar sua atuação como advogado de Geddel, Eduardo Cunha e do PMDB em alguns casos na Justiça Eleitoral, ele disse que, ao longo de quase 20 anos, “atuou para centenas de clientes, sempre pautado pela ética e pelo profissionalismo”. Na sabatina no Senado que aprovou seu nome para o CNMP, ele chegou a ser indagado sobre a defesa que fazia por Eduardo Cunha.
“Afirmo que as colocações envolvendo o meu nome podem estar vinculadas às disputas no CNMP e no CNJ, nas quais não interferi, e não interferirei no processo, por razões já explicadas anteriormente”, disse em nota à reportagem.
Ele negou estar fazendo pressão por algum candidato a uma vaga no CNJ. Sobre sua recondução à CNMP, disse que seu mandato vai até junho de 2017.
Posted in

Nenhum comentário:

Postar um comentário