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Desastre de Munique provocou a morte de oito jogadores do Manchester United
A queda do Avro Regional Jet 85 da empresa aérea
boliviana Lamia com jogadores, comissão técnica, dirigentes da
Chapecoense e jornalistas que acompanhariam a primeira partida da
decisão da Copa Sul-Americana é mais uma em um rol de tragédias
envolvendo equipes esportivas e, de acordo com os números preliminares, a
mais devastadora delas. Não por acaso, boa parte dos acidentes ocorreu
nas proximidades das montanhas andinas, região de difíceis condições de
voo e clima traiçoeiro. Em 1972, o turboélice Fairchild FH27 da Força
Aérea Uruguaia que transportava a seleção nacional de rúgbi para uma
partida em Santiago caiu na Cordilheira e provocou a morte de 29 pessoas
– grande parte delas resistiu à queda mas morreu sem comida e abrigo,
já que o resgate foi dificultado pela falta de vias de acesso. Fernando
Parrado e Roberto Canessa, que integravam o time, caminharam por 72 dias
entre as montanhas até conseguirem encontrar ajuda e escapar do
inferno. Onze anos antes, um DC-3 da Lan Chile (atual LAN) também se
chocou com a a cadeia montanhosa quando retornava de Osorno para
Santiago com o time do Green Cross, que havia enfrentado o Provincial
Osorno, causando 24 mortes. Apenas recentemente o local exato da queda
foi identificado. Em 1969, 16 jogadores e integrantes da comissão
técnica do Strongest estavam entre as 74 vítimas da queda do DC-6 do
Lloyd Aereo Boliviano que caiu justamente depois de decolar de Santa
Cruz de La Sierra, como o jato da Lamia, rumo a La Paz.
Na Europa, dois acidentes aéreos com equipes de futebol provocaram
grande comoção. Ídolo inglês e hoje cavaleiro do império britânico, Sir
Bobby Charlton foi um dos sobreviventes da queda do Airspeed Ambassador
da British European Airways que decolava do Aeroporto de Munique rumo a
Londres em 6 de fevereiro de 1958 – fez uma escala para reabastecimento
depois de sair de Belgrado, onde o Manchester United havia enfrentado o
Estrela Vermelha pela Liga dos Campeões. Oito jogadores e o
auxiliar-técnico Bert Whalley não resistiram. A aeronave fazia sua
terceira tentativa de decolar em meio a uma nevasca e não conseguiu
ganhar altura. A equipe era conhecida à época como "Busby Babes"
(meninos de Busby), referência ao técnico Matt Busby, que conseguiu
escapar com vida.
Em 1949, 31 pessoas morreram quando o Fiat G.212 da Avio Linee
Italiane que trazia a equipe do Torino de volta de Portugal, após
amistoso com o Benfica, atingiu a Basílica de Superga – a equipe
liderava o Campeonato Italiano e o desastre ficou conhecido como a
Tragédia de Superga.
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