| por Cíntia Kelly*
Fim da eleição 2016 e algumas constatações. O PT saiu das urnas
massacrado no Brasil e na Bahia. Embora bem avaliado, o governador Rui
Costa precisa agir rapidamente se quiser chegar forte em 2018, quando
tentará reeleição.
Vejamos. Em 2012, quando a Lava Jato e o escândalo do petrolão não existiam, 638 prefeitos foram eleitos no Brasil pelo PT, quatro anos depois esse número caiu para 254. Na terrinha de todos os santos, quatro anos atrás a sigla elegeu 92; agora, 40.
O Partido dos Trabalhadores perdeu mais da metade de alcaides em quatro anos. Não é pouca coisa. Algumas derrotas, inclusive, são emblemáticas. A primeira delas foi em Camaçari. Depois de 12 anos administrando o segundo maior PIB da Bahia, o PT cede lugar ao Democratas. Ainda no primeiro turno, o deputado federal e ex-prefeito da cidade por três vezes – sendo duas pelo PT -, Luiz Caetano foi derrotado por Antônio Elinaldo do DEM.
Exatos 28 dias depois, foi a vez de Vitória da Conquista tirar o PT do poder após 20 anos, dando vez ao PMDB com Herzem Gusmão, que já havia tentado a prefeitura da cidade por outras três vezes.
Tanto em Camaçari como em Conquista, o governador Rui Costa e o ex-governador e ex-ministro Jaques Wagner, como principais lideranças petistas, estiveram nas cidades apoiando seus candidatos.
Participaram de atos, de caminhadas, de carreatas, pediram voto, mostraram números positivos sobre a gestão petistas nas duas cidades, mas não ganharam a confiança do eleitor. A possível perda de força de Wagner como cabo eleitoral ou se o desgaste ao PT se tornou, por ora, algo intransponível são duas questões a serem analisadas ao logo dos anos.
Mas, no momento, a letargia na articulação política do governo Rui Costa é para ser analisada agora, com urgência pelo chefe do Palácio de Ondina. Embora os partidos da base tenham conseguido eleger quase 300 prefeitos, esse dado não é, necessariamente, positivo para Rui. A base grita, reclama a atenção do governador. Deputados federais e estaduais e prefeitos miram a artilharia para cima do secretário de Relações Institucionais, Josias Gomes.
A insatisfação é tamanha que a grita é escancarada. Nada de off [quando não se revela a fonte de informação]. Nada de subterfúgio.
Se quiser vencer o jogo em 2018 ou ao menos chegar forte até lá, Rui Costa só tem duas alternativas. Ou muda ou muda a articulação política. Caso contrário, estará jogando no colo da oposição os rumos do estado entre 2019 e 2022.
*Cíntia Kelly é repórter de política do Bocão News e comentarista da Itapoan FM.
Vejamos. Em 2012, quando a Lava Jato e o escândalo do petrolão não existiam, 638 prefeitos foram eleitos no Brasil pelo PT, quatro anos depois esse número caiu para 254. Na terrinha de todos os santos, quatro anos atrás a sigla elegeu 92; agora, 40.
O Partido dos Trabalhadores perdeu mais da metade de alcaides em quatro anos. Não é pouca coisa. Algumas derrotas, inclusive, são emblemáticas. A primeira delas foi em Camaçari. Depois de 12 anos administrando o segundo maior PIB da Bahia, o PT cede lugar ao Democratas. Ainda no primeiro turno, o deputado federal e ex-prefeito da cidade por três vezes – sendo duas pelo PT -, Luiz Caetano foi derrotado por Antônio Elinaldo do DEM.
Exatos 28 dias depois, foi a vez de Vitória da Conquista tirar o PT do poder após 20 anos, dando vez ao PMDB com Herzem Gusmão, que já havia tentado a prefeitura da cidade por outras três vezes.
Tanto em Camaçari como em Conquista, o governador Rui Costa e o ex-governador e ex-ministro Jaques Wagner, como principais lideranças petistas, estiveram nas cidades apoiando seus candidatos.
Participaram de atos, de caminhadas, de carreatas, pediram voto, mostraram números positivos sobre a gestão petistas nas duas cidades, mas não ganharam a confiança do eleitor. A possível perda de força de Wagner como cabo eleitoral ou se o desgaste ao PT se tornou, por ora, algo intransponível são duas questões a serem analisadas ao logo dos anos.
Mas, no momento, a letargia na articulação política do governo Rui Costa é para ser analisada agora, com urgência pelo chefe do Palácio de Ondina. Embora os partidos da base tenham conseguido eleger quase 300 prefeitos, esse dado não é, necessariamente, positivo para Rui. A base grita, reclama a atenção do governador. Deputados federais e estaduais e prefeitos miram a artilharia para cima do secretário de Relações Institucionais, Josias Gomes.
A insatisfação é tamanha que a grita é escancarada. Nada de off [quando não se revela a fonte de informação]. Nada de subterfúgio.
Se quiser vencer o jogo em 2018 ou ao menos chegar forte até lá, Rui Costa só tem duas alternativas. Ou muda ou muda a articulação política. Caso contrário, estará jogando no colo da oposição os rumos do estado entre 2019 e 2022.
*Cíntia Kelly é repórter de política do Bocão News e comentarista da Itapoan FM.
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