domingo, 30 de outubro de 2016

Dois anos para meditar, antes da sucessão presidencial


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Charge do Tacho, reprodução do Jornal NH
Carlos Chagas 
A partir de hoje começa no país um jejum de dois anos sem eleição. Excelente oportunidade para 140 milhões de eleitores meditarem a respeito dos votos dados e por dar. Arrependimento? Sensação de dever cumprido? Ou de tempo perdido?
Da próxima vez que o eleitor se deparar com as diabólicas maquininhas de votar, estará escolhendo o futuro presidente da República, além de governadores, deputados e senadores. Tempo de sobra para decidir sobre os rumos a tomar.
Do que o Brasil mais necessita, além de eleições? Persistir no desvio adotado de maio para cá, sob nova direção e empenhado em cercear direitos e exigir sacrifícios das camadas menos favorecidas? Ou ampliar espaços para distribuir pela maioria carente a riqueza concentrada nas elites?
São duas alternativas a concentrar as atenções gerais sem possibilidade de integração entre elas. Ou uma ou outra. Dois anos bastarão para o país decidir se os 12 milhões de desempregados se multiplicarão ou serão sensivelmente reduzidos. Tempo há para a sociedade definir-se até que outra vez sejamos chamados a votar pela distribuição ou a concentração da riqueza.
Desde que o mundo é mundo essa dicotomia atormenta a humanidade. Raras vezes, porém, abre-se ocasião como essa, um interregno de dois anos para a revelação do futuro.
ESTRELA EM ASCENSÃO – O PT começa a reunir os cacos, visando ressurgir, e um nome começa a ser lembrado para presidir o partido. É o ministro Patrus Ananias, que até agora passou incólume pelo lamaçal dos últimos anos. Resta saber se tem disposição.
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