domingo, 4 de setembro de 2016

'The Guardian': Impeachment não vai curar "doenças" do país

Reportagem diz crise atual é consequencia da corrupção na Petrobrás e Lava Jato


Matéria publicada nesta quinta-feira (1) pelo jornal britânico The Guardian analisa que o impeachment de Dilma Rousseff não é apenas a história de uma mulher, que em sua juventude lutou bravamente a ditadura,  se tornou presidente e agora foi retirada do poder em meio a um escândalo de corrupção descomunal. É também a história de uma nação: o maior país da América do Sul, uma vez aplaudido por sua crescente influência e sua luta contra a pobreza, agora luta com as tensões políticas que acabaram com 13 anos do Partido dos Trabalhadores.
O Guardian diz que é difícil ignorar o grau de injustiça nesta queda brutal, já que Dilma nunca foi acusada de ter pessoalmente se beneficiado pela corrupção, ao contrário de dezenas de funcionários públicos e políticos brasileiros - muitos dos quais votaram por sua remoção.

O jornal britânico aponta que a crise pode estar ligada a democracia do país, com o cinismo de suas elites, muito expostas pelas investigações de corrupção da Petrobras e da Lavo Jato.
Jornal britânico afirma que tribuir todos os males do Brasil para uma mulher, ou achar que eles vão desaparecer com um voto seria simplista e incorreto
Jornal britânico afirma que tribuir todos os males do Brasil para uma mulher, ou achar que eles vão desaparecer com um voto seria simplista e incorreto
The Guardian analisa que a crise brasileira se assemelha em alguns aspectos a de outros países 'em desenvolvimento', onde as questões de governança e reveses econômicos levaram a tensões políticas: testemunhar as dificuldades do ANC da África do Sul ou as campanhas anti-corrupção travadas pelo líder autocrático da China.
Nada disso serve de consolo para Dilma, nem vai apagar os erros que ela cometeu como líder. Mas atribuir todos os males do Brasil para uma mulher, ou achar que eles vão desaparecer com um voto seria simplista e incorreto, finaliza o The Guardian.

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