quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Piada do Ano: Odebrecht quer fazer delação sem revelar os políticos envolvidos…


Resultado de imagem para listao da odebrecht charges
Fotomontagem sem autoria, reproduzida do Arquivo Google
Bela Megale e Estelita Hass Carazzai
Folha
Deflagrada nesta segunda-feira (26), a 35ª fase da Lava Jato, que foi capitaneada pela Polícia Federal, criou um mal-estar entre a Odebrecht e os procuradores da República que participaram da operação. Eles negociam com a empreiteira acordos de delação e leniência (espécie de delação premiada da pessoa jurídica) há cerca de sete meses. Em fase final de conversas, agora focadas no acerto de multas e penas e com o conteúdo já definido sobre o que os executivos vão revelar, a empreiteira foi surpreendida ao ser o foco de novas acusações juntamente com o ex-ministro Antonio Palocci.
Segundo a Folha apurou, esta fase compromete o ambiente colaborativo entre Odebrecht e procuradores, que chegaram a dar explicações ao grupo sobre o ocorrido. A empresa, porém, não pretende desistir do acordo, visto como sua única alternativa de sobrevivência.
TRANSTORNO – Apesar de não ter sido alvo de buscas, o fato de todas as ações da 35ª fase se concentraram na relação de investigados com a empreiteira incomodou o grupo Odebrecht devido ao transtorno causado junto ao mercado num momento em que a empresa negocia parte de seus ativos para se recompor.
A última fase decorreu de uma investigação da PF a partir de documentos apreendidos em ações anteriores e delações premiadas homologadas, como a da ex-secretária Maria Lúcia Tavares.
As apurações aconteceram paralelamente à negociação da delação, já que a PGR (Procuradoria-Geral de República) proibiu a PF de participar das tratativas com o argumento de evitar vazamentos.
CONTROVÉRSIAS – Segundo a Folha apurou, parte do Ministério Público Federal viu a ação como resposta da PF a esse fato. Porém os policiais negam qualquer tipo de reação e dizem desconhecer mal-estar com a Odebrecht, já que não estão a par da negociação.
A polícia tentou ouvir Marcelo Odebrecht durante a investigação, mas o executivo não quis falar devido à negociação da delação. Os investigadores, então, preferiram deflagrar a operação a esperar o resultado da delação. A PF considera também que a demora na negociação com a Odebrecht pode levar à destruição de provas. Tal risco foi mencionado pelo delegado Filipe Pace no pedido de prisão de Palocci.  “É fato público e notório de que o grupo Odebrecht está em negociação para celebração de acordo de colaboração premiada com a PGR, circunstância que, por si só, deixa em estado de alerta todos os criminosos que se envolveram com o grupo empresarial e poderá ensejar prejuízo a futuras investigações e instruções”, escreveu o delegado.

Posted in |

Nenhum comentário:

Postar um comentário