quinta-feira, 29 de setembro de 2016

O vazio das eleições municipais


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Charge do Duke (dukechargista.com.br)
Carlos Chagas
Pesquisas costumam ganhar eleições majoritárias, ainda que surpresas possam acontecer. Em São Paulo, Rio e Belo Horizonte parecem vitoriosos João Dória, Marcelo Crivella e João Leite, ainda que nessas três capitais paire a sombra do segundo turno.
O denominador comum das eleições de domingo é a falta da ideologia há anos verificada ao redor dos vencedores. Deles e da maioria dos candidatos favoritos nas capitais dos demais estados, agora. O fracasso dos indicados pelo PT abre um vazio de razoáveis proporções na ortodoxia política. Ainda que a Direita continue indo muito bem, por conta do imobilismo, a Esquerda escafedeu-se, mais do que se dividir.
A projeção desse fenômeno para as eleições gerais de 2018 está em aberto. Não dá para supor que daqui a dois anos, ao votar para o novo Congresso, os governos  estaduais e  a presidência da República, o eleitor venha a seguir as tendências do próximo domingo, que, aliás, não significam nada. O que representam João Dória, Marcelo Crivella e João Leite, em termos ideológicos? No máximo, identificam-se com o mais do mesmo. Deverão ser eleitos por conta da ausência de programas e de doutrinas.
Essa a lição das eleições municipais imediatamente seguintes à implosão do PT: o vazio. A falta de uma estrutura capaz de substituir aquilo que os companheiros não conseguiram emplacar.
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