quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Lula, Dilma, Palocci, Dirceu e Odebrecht arrasaram o governo e o próprio país


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Charge do Jota A, reprodução do Portal O Dia
Pedro do Coutto
Lendo-se com atenção a reportagem de Cleide Carvalho, Dimitrius Dantas e Katna Baran, O Globo de terça-feira, tem-se a sensação de que esse elenco, à frente de uma série de personagens, de fato contribuiu para arrasar o governo e abalar as raízes do país por um longo espaço de tempo. Na mesma página, Sérgio Roxo, em outra matéria, traça o roteiro do ex-ministro Antônio Palocci, demitido da Fazenda por Lula e por Dilma Rousseff da chefia da Casa Civil. Os dois atos, em momentos diversos, tiveram origem em sombras paralelas.
A Odebrecht esteve sempre no centro dos acontecimentos que se desenvolveram e conectaram tanto por ação quanto por omissão. Só ao grupo Palocci, a Odebrecht assinalou ter direcionado 128 milhões de reais, na empreitada sinistra coberta pelo superfaturamento de contratos. Principalmente, os firmados com a Petrobrás. A estatal foi na realidade a ponte entre o sistema empresarial e os ladrões.
PAGO POR NÓS – No fundo, o volume da corrupção está sendo pago pela população brasileira, por todos nós, portanto. Os capítulos da sequência sórdida vão se incorporar para sempre na história do nosso país, talvez como recorde mundial da competição de assaltos aos cofres públicos.
Começou com José Dirceu no mensalão, mas a maratona de 2005 foi superada pela longa prova que foi de 2007, segundo governo de Lula, até a reeleição de Dilma, período que veio das urnas de 2014 para a explosão do ciclo do PT em 2016, neste ano.
Nunca houve nada igual. Esta marca parece ser inultrapassável. Na forma e conteúdo.
REFLEXOS NAS URNAS – Os eleitores do país não poderiam deixar de ser contaminados pelo vendaval de corrupção. Tanto assim que as pesquisas do Ibope e Datafolha vêm revelando os reflexos negativos para os candidatos apoiados pelo PT nas principais cidades brasileiras. Reportagem de Bruno Goes , Gustavo Schmidt e Miguel Cabalero, também no Globo de terça-feira, destaca a posição dos candidatos à prefeitura do Rio nas eleições de domingo. Sílvia Amorim focaliza o quadro para prefeito de São Paulo. Os dois levantamentos foram do Ibope. Coincidem com as tendências iluminadas pelo Datafolha.
No Rio, Marcelo Crivella vai se mantendo de uma pesquisa para outra. E pode até, admito a hipótese de vencer, embora remota, no primeiro turno. Mas se houver segundo turno, a final será contra Pedro Paulo ou Marcelo Freixo. A candidata da coligação PCdoB/PT, Jandira Fegalli, depois do comício da Cinelândia ao lado de Dilma Rousseff, ao invés de subir, desceu. Recuou de 9 para 6% das intenções de voto.
DÓRIA SALTOU – Na capital paulista, o prefeito Haddad, com o apoio pessoal do ex-presidente Lula, só avançou de nono para o décimo andar. João Dória, PSDB, apoiado pelo governador Geraldo Alckmin, saltou de 17 para 28%. Enquanto subia 11 pontos, Celso Russomanno descia de 30 para 24%.
Os candidatos do PT não se destacam também em Belo Horizonte e Porto Alegre. A legenda sofre as consequências do próprio processo que criou para si mesma. Está submergindo com Lula, Dilma, Dirceu, Palocci, nas tormentosas ondas da Odebrecht. A Odebrecht alçou as velas para o naufrágio na borrasca.
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