domingo, 4 de setembro de 2016

Delcídio e Corrêa confirmam que Lula chefiava a quadrilha da Petrobras


Resultado de imagem para lula, chefe da quadrilhaFlávio Ferreira e Estelita Hass Carazzai
Folha
Em depoimento ao Ministério Público Federal, o ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT, hoje sem partido) afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabia do esquema de corrupção na Petrobras. As declarações, segundo apurou a Folha, foram dadas na quinta-feira (1º) aos procuradores da Operação Lava Jato em Curitiba, responsáveis pelos inquéritos contra o ex-presidente —que estão em fase final de apuração.
Segundo o ex-senador, atual delator da Lava Jato, Lula considerava que a arrecadação propiciada pelos contratos da Petrobras colaborava para manter a governabilidade nos mandatos petistas.
Delcídio foi líder da bancada do PT no Senado no governo do ex-presidente e, depois, líder do governo de Dilma Rousseff no ano de 2015.
CONTATOS DIRETOS – Ele afirmou que Lula tinha contato direto com alguns diretores da Petrobras, sem intermediários – tal como o ex-diretor Renato Duque. O ex-presidente petista teria ficado preocupado com as investigações da Lava Jato a partir da sua sétima fase, quando os principais empreiteiros do país foram presos preventivamente, em novembro de 2014.
O ex-senador ainda declarou que o sítio de Atibaia (SP), um dos objetos das investigações contra o ex-presidente, era referido como propriedade de Lula por amigos e aliados próximos.
A oitiva do ex-senador, conduzida especialmente para subsidiar os inquéritos que investigam Lula, durou cerca de quatro horas.
Além dele, o ex-deputado Pedro Corrêa (ex-PP-PE), outro delator da Lava Jato, também prestou depoimento aos procuradores nesta quinta.
CORRÊA CONFIRMA – Em sua delação, Corrêa já afirmou que o ex-presidente discutia pessoalmente o esquema da Petrobras e articulou a nomeação de Paulo Roberto Costa como diretor da área de Abastecimento – na qual foram descobertos desvios de verbas milionários.
Lula é alvo de três inquéritos na Lava Jato, sob suspeita de ocultar a propriedade de um tríplex no Guarujá, de um sítio em Atibaia (SP) e de se beneficiar de dinheiro de origem ilícita ao dar palestras pagas por empreiteiras.
O petista já foi indiciado no inquérito que investiga o tríplex no litoral paulista, sob suspeita de corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Os outros procedimentos continuam em andamento.

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