Por Folhapress
O
deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) entrou no STF (Supremo
Tribunal Federal) nesta sexta-feira (9) para pedir a suspensão da sessão
em que a Câmara vai julgar o pedido de cassação de seu mandato,
agendada para segunda-feira.
Ele requer uma decisão em caráter liminar (provisória), até que o mérito de sua manifestação seja julgada. O caso está sob a responsabilidade do relator, ministro Edson Fachin.
Além disso, a defesa do parlamentar pleiteia a autorização para que os deputados possam apresentar destaques e emendas. Na prática, isso dará a aliados de Cunha instrumentos para sugerirem penas mais brandas e postergar a votação.
"Sonegar o direito de apresentar emendas, elegendo-se artificiosamente um rito procedimental que não se coaduna com o devido processo legislativo[...] representa verdadeiro excesso de poder, a ser repreendido judicialmente", diz a peça.
Os advogados citam como exemplo o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Apesar de afastada, um destaque, assinado pela bancada do PT, permitiu a realização de uma outra votação, em que o Senado decidiu manter o direito de a petista assumir cargos públicos.
"O importante, em todo caso, é que, por razões de isonomia, adote-se a mesma procidência tomada pelo presidente do STF (Ricardo Lewandowski, que conduziu o processo de impeachment no Senado)", afirma Cunha.
Ex-presidente da Câmara, Cunha é alvo de um processo no Conselho de Ética da Casa, sob acusação de ter mentido em depoimento à CPI da Petrobras.
Na ocasião, ele disse que não tinha contas no exterior. Mais tarde, porém, a PGR (Procuradoria-geral da República) afirmou que ele é beneficiário de contas não declaradas na Suíça.
SESSÃO — No dia 10 de agosto, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) anunciou a data da votação definitiva do parecer que pede a cassação do mandato de Eduardo Cunha.
Cedendo à pressão de aliados do peemedebista e do Palácio do Planalto, Maia definiu que a votação em plenário acontecerá em 12 de setembro -uma segunda-feira, dia em que há poucos parlamentares presentes no Congresso.
Uma votação esvaziada beneficia Cunha, já que a cassação de seu mandato só se dará com o apoio de pelo menos 257 dos seus 512 colegas. Ausências e abstenções nessa votação, que é aberta, contam a favor do peemedebista.
Os últimos cinco processos de cassação, por exemplo, foram votados ou em uma quarta (4) ou em uma terça (1).
Ele requer uma decisão em caráter liminar (provisória), até que o mérito de sua manifestação seja julgada. O caso está sob a responsabilidade do relator, ministro Edson Fachin.
Além disso, a defesa do parlamentar pleiteia a autorização para que os deputados possam apresentar destaques e emendas. Na prática, isso dará a aliados de Cunha instrumentos para sugerirem penas mais brandas e postergar a votação.
"Sonegar o direito de apresentar emendas, elegendo-se artificiosamente um rito procedimental que não se coaduna com o devido processo legislativo[...] representa verdadeiro excesso de poder, a ser repreendido judicialmente", diz a peça.
Os advogados citam como exemplo o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Apesar de afastada, um destaque, assinado pela bancada do PT, permitiu a realização de uma outra votação, em que o Senado decidiu manter o direito de a petista assumir cargos públicos.
"O importante, em todo caso, é que, por razões de isonomia, adote-se a mesma procidência tomada pelo presidente do STF (Ricardo Lewandowski, que conduziu o processo de impeachment no Senado)", afirma Cunha.
Ex-presidente da Câmara, Cunha é alvo de um processo no Conselho de Ética da Casa, sob acusação de ter mentido em depoimento à CPI da Petrobras.
Na ocasião, ele disse que não tinha contas no exterior. Mais tarde, porém, a PGR (Procuradoria-geral da República) afirmou que ele é beneficiário de contas não declaradas na Suíça.
SESSÃO — No dia 10 de agosto, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) anunciou a data da votação definitiva do parecer que pede a cassação do mandato de Eduardo Cunha.
Cedendo à pressão de aliados do peemedebista e do Palácio do Planalto, Maia definiu que a votação em plenário acontecerá em 12 de setembro -uma segunda-feira, dia em que há poucos parlamentares presentes no Congresso.
Uma votação esvaziada beneficia Cunha, já que a cassação de seu mandato só se dará com o apoio de pelo menos 257 dos seus 512 colegas. Ausências e abstenções nessa votação, que é aberta, contam a favor do peemedebista.
Os últimos cinco processos de cassação, por exemplo, foram votados ou em uma quarta (4) ou em uma terça (1).
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