Corrupção nos fundos de pensão pode travar o programa de infraestrutura

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Vicente Nunes
Correio Brazileinse
O governo acendeu o sinal de alerta. A Operação Greenfield, que desbaratou uma rede de corrupção em quatro dos maiores fundos de pensão do país (Funcef, Previ, Petros e Postalis), pode se tornar um grande entrave para o programa de infraestrutura que o presidente Michel Temer quer lançar na próxima semana.
Os fundos de pensão são os maiores investidores em obras de infraestrutura do país. Sem eles, não há como haver sucesso nas privatizações e nas concessões à iniciativa privada. A Operação Greenfield parou todos os negócios das fundações. Nenhum dirigente quer assinar mais nada, temendo ser preso.
O esquema de corrupção também adicionou um enorme risco aos mercados. Empresas como a JBS estão no centro das investigações, com seus donos, Joesley e Wesley Batista, proibidos de pisarem na sede da companhia.
As ações da JBS estão derretendo diante das fortes ligações da empresa com os fundos de pensão e com o Banco Nacional de Desenvolvimento e Social (BNDES), que já está na mira do Ministério Público e da Polícia Federal.

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