domingo, 28 de agosto de 2016

Produtos eróticos são vendidos em brechó dentro de escola, em Manaus


Seduc diz que espaço foi cedido e comunidade não informou sobre vendas.
Alunos com faixa etária entre 14 e 17 anos estão matriculados no local.

Do G1 AM*
Vibradores e lubrificantes estavam entre os produtos de sex shop expostos aos alunos  (Foto: Arquivo Pessoal)Vibradores e lubrificantes estavam entre os produtos de sex shop expostos aos alunos (Foto: Arquivo Pessoal)
Artigos eróticos vendidos normalmente em lojas de sex shop foram colocados à venda para alunos da Escola Estadual Castelo Branco, localizada no bairro São Jorge, Zona Oeste de Manaus, na manhã da sexta-feira (27). Segundo a Secretaria de Estado de Educação (Seduc),  o espaço foi cedido à comunidade e a escola não era responsável pela organização do evento.
Vibradores, produtos para lubrificação íntima, calcinhas comestíveis, lingeries e algemas estavam entre os itens expostos no stand. Para uma professora que preferiu não se identificar, o caso "saiu da normalidade".
“Em uma escola não se trabalha com adultos e sim com pessoas em formação. Não é normal uma loja vender 'pênis' em uma escola . Eu não gostaria que meu filho tivesse acesso a produtos que estimulassem a sexualidade no colégio”, disse ao G1.
Outro professor questionou os requisitos para a liberação de vendas dentro da escola. "Aqui na escola é proibido vender até um picolé ou um lanche, pois a APMC (Associação de Pais, Mestres e Comunitários) denuncia ao Ministério Público. Como se permite tal tipo de comércio dentro do espaço escolar?", questionou.

Segundo a Seduc, os organizadores do evento - comunitários do bairro São Jorge - solicitaram a quadra do colégio para realização de um brechó, mas em nenhum momento foi informado que produtos adultos estariam à venda.
"Ao tomar conhecimento do fato, a gestora da escola, que na manhã de sexta-feira participava de atividade na sede da Seduc, determinou a retirada do stand, o que foi realizado imediatamente", diz trecho de nota enviada à imprensa.
A Seduc informou ainda que vai apurar como os proprietários do stand tiveram acesso às dependências da escola sem que a coordenadoria colégio tomasse ciência de quais materiais seriam postos à venda e que as providências cabíveis serão tomadas.
*Colaborou Isis Capistrano.

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