Senado brasileiro aprovou nesta quarta afastamento definitivo de Dilma.
Veja como os principais veículos destacaram a notícia.
Site da CNN destaca impeachment de Dilma Rousseff (Foto: Reprodução/ CNN)
A imprensa internacional destacou em seus sites a decisão desta quarta-feira do Senado brasileiro de afastar a presidente Dilma Rousseff.
A rede norte-americana CNN deu grande destaque à notícia em seu site e
afirma que a votação desta quarta marcou o culminar de um “processo
polêmico que se arrastou por meses”. Também afirma que a decisão é “um
grande revés” para Dilma, mas "pode não ser o fim de sua carreira
política".O argentino “Clarín” afirma que o afastamento de Dilma marca “o fim de uma era no Brasil”. O jornal lembra que este é o segundo impeachment na história recente do país, e observa que as razões para os dois processos foram diferentes. No caso de Dilma, as razões “se baseiam em supostas irregularidades fiscais, que de acordo com sua defesa não foram provadas”, diz o jornal, enquanto no caso do ex-presidente Fernando Collor de Mello “a história foi muito diferente; sua saída obedeceu às acusações de corrupção que pesaram sobre ele”.
Jornal argentino Clarín diz que afastamento definitivo de Dilma Rousseff é fim de uma era no Brasil (Foto: Reprodução/ Clarín)
O “El País”, da Espanha, chamou a atenção para a resistência da
ex-presidente, que decidiu enfrentar o processo até o final, apesar das
previsões de que seu afastamento seria concretizado. “Sua resistência
era mais simbólica que prática, encaminhada a deixar claro que não
aceitava nem jamais aceitaria o veredito e que se sentia julgada não só
injusta como antidemocraticamente”, afirma. O jornal ainda afirma que o
processo de impeachment foi um processo político: "No fundo, o
impeachment sempre foi político. Rousseff foi julgada (e condenada),
entre outras coisas, por sua gestão”, afirma.O afastamento de Dilma foi manchete no norte-americano “Washington Post”. O jornal diz que o processo dividiu o país e que as emoções estavam em alta durante o processo de julgamento no Senado. O jornal informa que após a votação eletrônica que confirmou o afastamento de Dilma, os senadores aplaudiram o resultado e cantaram o hino-nacional, e que depois da segunda votação, que manteve seus direitos de ocupar cargos públicos, apoiadores da ex-presidente gritaram “Golpistas”.
Site do jornal britânico Guardian destaca impeachment de Dilma Rousseff (Foto: Reprodução/ Guardian)
O britânico “Guardian” afirma que Dilma enfrentou por mais de 10 meses
esforços por seu impedimento por fornecer previamente fundos a programas
sociais e por emitir decretos orçamentários sem a aprovação do
Congresso antes de sua reeleição em 2014. “A oposição alegou que isso
constituía um ‘crime de responsabilidade’. Rousseff nega e alega que as
acusações – que nunca foram feitas a administrações anteriores que
fizeram a mesma coisa – foram forjadas pelos adversários que eram
incapazes de aceitar a vitória do Partido dos Trabalhadores”, diz a
reportagem.A revista alemã "Der Spiegel", em vez da queda de Dilma, destaca a ascensão de Michel Temer. "O homem das sombras assume", diz o título da reportagem. O texto conta que Temer, logo após ser efetivado na Presidência, pegará um avião para representar o Brasil na reunião do G20, na China. "Com isso, está decidida uma luta de poder sem precedentes no Brasil, e, dependendo da perspectiva, o país é comandado por um salvador ou por um traidor. A esquerda o xinga de golpista, por ter sido vice de Dilma e ter se voltado contra ela. Para os homens de negócios, que dele esperam que tire o país da crise, ele gera esperança", diz o texto.
Revista alemã Spiegel destaca a ascensão de Michel Temer (Foto: Reprodução/ Spiegel)
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