Hoje teremos
o desfecho de um dos períodos mais negros da história brasileira, que
começou com a chegada de Lula ao poder, há mais de 14 anos. Diz bem
editorial do Estadão: um período em que a consciência crítica do país
ficou anestesiada e as instituições foram corroídas. Dia de sol: hoje o
Brasil enterra Dilma; nas eleições de outubro, enterrará o nefasto
lulopetismo:
O
impeachment da presidente Dilma Rousseff será visto como o ponto final
de um período iniciado com a chegada ao poder de Luiz Inácio Lula da
Silva, em 2003, em que a consciência crítica da Nação ficou anestesiada.
A partir de agora, será preciso entender como foi possível que tantos
tenham se deixado enganar por um político que jamais se preocupou senão
consigo mesmo, com sua imagem e com seu projeto de poder; por um
demagogo que explorou de forma inescrupulosa a imensa pobreza nacional
para se colocar moralmente acima das instituições republicanas; por um
líder cuja aversão à democracia implodiu seu próprio partido,
transformando-o em sinônimo de corrupção e de inépcia. De alguém, enfim,
cuja arrogância chegou a ponto de humilhar os brasileiros honestos,
elegendo o que ele mesmo chamava de “postes” – nulidades políticas e
administrativas que ele alçava aos mais altos cargos eletivos apenas
para demonstrar o tamanho, e a estupidez, de seu carisma.
Muito
antes de Dilma ser apeada da Presidência já estava claro o mal que o
lulopetismo causou ao País. Com exceção dos que ou perderam a capacidade
de pensar ou tinham alguma boquinha estatal, os cidadãos reservaram ao
PT e a Lula o mais profundo desprezo e indignação. Mas o fato é que a
maioria dos brasileiros passou uma década a acreditar nas lorotas que o
ex-metalúrgico contou para os eleitores daqui. Fomos acompanhados por
incautos no exterior.
Raros
foram os que se deram conta de seus planos para sequestrar a democracia e
desmoralizar o debate político, bem ao estilo do gangsterismo sindical
que ele tão bem representa. Lula construiu meticulosamente a fraude
segundo a qual seu partido tinha vindo à luz para moralizar os costumes
políticos e liderar uma revolução social contra a miséria no País.
Quando o
ex-retirante nordestino chegou ao poder, criou-se uma atmosfera de
otimismo no País. Lá estava um autêntico representante da classe
trabalhadora, um político capaz de falar e entender a linguagem popular
e, portanto, de interpretar as verdadeiras aspirações da gente simples.
Lula alimentava a fábula de que era a encarnação do próprio povo, e sua
vontade seria a vontade das massas.
O mundo
estendeu um tapete vermelho para Lula. Era o homem que garantia ter
encontrado a fórmula mágica para acabar com a fome no Brasil e, por que
não?, no mundo: bastava, como ele mesmo dizia, ter “vontade política”.
Simples assim. Nem o fracasso de seu programa Fome Zero nem as óbvias
limitações do Bolsa Família arranharam o mito. Em cada viagem ao
exterior, o chefão petista foi recebido como grande líder do mundo
emergente, mesmo que seus grandiosos projetos fossem apenas expressão de
megalomania, mesmo que os sintomas da corrupção endêmica de seu governo
já estivessem suficientemente claros, mesmo diante da retórica
debochada que menosprezava qualquer manifestação de oposição. Embalados
pela onda de simpatia internacional, seus acólitos chegaram a lançar seu
nome para o Nobel da Paz e para a Secretaria-Geral da ONU.
Nunca
antes na história deste país um charlatão foi tão longe. Quando tinha
influência real e podia liderar a tão desejada mudança de paradigma na
política e na administração pública, preferiu os truques populistas.
Enquanto isso, seus comparsas tentavam reduzir o Congresso a um mero
puxadinho do gabinete presidencial, por meio da cooptação de
parlamentares, convidados a participar do assalto aos cofres de
estatais. A intenção era óbvia: deixar o caminho livre para a
perpetuação do PT no poder.
O
processo de destruição da democracia foi interrompido por um erro de
Lula: julgando-se umkingmaker, escolheu a desconhecida Dilma Rousseff
para suceder-lhe na Presidência e esquentar o lugar para sua volta
triunfal quatro anos depois. Pois Dilma não apenas contrariou seu
criador, ao insistir em concorrer à reeleição, como o enterrou de vez,
ao provar-se a maior incompetente que já passou pelo Palácio do
Planalto.
Assim,
embora a história já tenha reservado a Dilma um lugar de destaque por
ser a responsável pela mais profunda crise econômica que este país já
enfrentou, será justo lembrar dela no futuro porque, com seu fracasso
retumbante, ajudou a desmascarar Lula e o PT. Eis seu grande legado,
pelo qual todo brasileiro de bem será eternamente grato.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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