Por Folhapress
O Tribunal de Justiça do Rio derrubou nesta terça-feira (26) liminar
que garantia à Odebrecht Óleo e Gás (OOG) participação em licitação da
Petrobras, mesmo estando incluída na lista negra de empresas
investigadas pela Operação Lava Jato.
A liminar foi obtida no início de junho e a companhia já havia
entregado propostas para concorrer a contrato de manutenção das
plataformas P-55 e P-62. A empresa foi a primeira a furar o bloqueio da
Petrobras via liminar.
Em nota, a estatal diz que o tribunal "agiu corretamente ao efetuar e
manter o governo" até que sejam concluídas as investigações sobre a
companhia no Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle.
"As investigações evidenciam possível envolvimento da Odebrecht Óleo e
Gás nos ilícitos apurados pela Operação Lava Jato, em especial nas fases
Acarajé e Xepa", argumentou a estatal, em nota divulgada nesta quinta.
A OOG defendia que não poderia ser punida por fazer parte do mesmo
grupo econômico da Odebrecht, investigada na operação e que o bloqueio
levaria a demissões.
A empresa atua nos segmentos de operação e manutenção de plataformas.
Sua concorrente Queiroz Galvão Óleo e Gás já foi retirada da lista negra
da Petrobras, após arquivamento das investigações.
A lista de empresas impedidas de fazer negócios com a estatal por serem
investigadas pela Lava Jato tem atualmente 29 companhias.
Além da QGOG, a TKK Engenharia também foi retirada da lista, em julho de 2015, por arquivamento de processo administrativo.
Outras duas empresas foram desbloqueadas por terem assinado acordos de
leniência: o grupo Setal, em março de 2015, e a operadora de plataformas
SBM, na sexta-feira (15). Acusada de pagar propinas para obter
contratos, a SBM se comprometeu a devolver R$ 1,12 bilhão à estatal.
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