Acabou
a polêmica em torno da concessão de passaportes diplomnáticos a líderes
religiosos. Depois de uma consulta feita na semana passada pelo
Itamaraty a AGU sobre a legalidade do benefício, a resposta chegou hoje
de forma inequívoca: os religiosos não representam o "interesse
nacional", que era o argumento usado para a concessão do passaporte. Diz
o parecer da AGU: — A condição de 'líder religioso', por si só, não
indica 'interesse do país' (...) Acabou, portanto, a farra: religioso ou
não vai ter que entrar em filas e não terá prioridade para despachar e
pegar as bagagens. Desde 2011, onze passaportes diplomáticos foram
concedidos a religiosos. Quatro deles eram para o religioso e sua
mulher, ou seja, um total de oito. Desde o Império, o Itamaraty concedia
tais passaportes a religiosos — mas até há pouco tempo, só
representantes da Igreja Católica tinham esse privilégio. Recentemente,
os evangélicos entraram na onda. Até agora, vigia no Itamaraty uma norma
determinando que fossem concedidos, no máximo, dois passaportes
diplomáticos por denominação religiosa. Há quinze dias, a Justiça
Federal de São Paulo suspendeu em decisão liminar os passaportes
diplomáticos concedidos em junho a R.R. Soares, chefe da Igreja
Internacional da Graça de Deus, e a sua mulher, Maria Magdalena. (Lauro
Jardim)
Nenhum comentário:
Postar um comentário