O
governo anunciou redução a zero da alíquota de importação de feijão, de
qualquer país, por prazo de 90 dias. A medida foi criada com o intuito
de estimular as importações do grão, numa tentativa de baixar os preços
do produto.
Porém, o feijão carioca, que responde por mais de 70% do consumo
nacional, é um produto genuinamente brasileiro e não é encontrado em
outros mercados. Com isso, a importação de feijão preto e de outros
tipos não deve solucionar a crise de abastecimento. A medida pode apenas
baratear o feijão preto e forçar uma mudança de hábito, fazendo com que
muitos optem pelo grão preto, em vez do feijão carioca.
Tradicionalmente, o Brasil importa entre 100 e 150 mil toneladas de
feijão preto por ano, sendo a Argentina o principal fornecedor do
produto. Como os países do Mercosul integram um mercado comum, o feijão
argentino já é importado sem taxas.
Além disso, segundo Sandra, a importação de feijão é irrelevante diante
da produção brasileira, de 2,9 milhões de toneladas na safra 2015/2016.
Mesmo assim, já houve um incremento nas importações. De janeiro a maio
de 2016, foram importadas 69,3 mil toneladas de feijão (todos os tipos
de feijão, secos e em grãos), contra 44,6 mil toneladas no mesmo período
de 2015, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior. *Por Darlene Santiago/Uol
VERDINHO DE ITABUNA
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