domingo, 1 de maio de 2016

Uruguai: escândalos em estatal e contratos com Venezuela podem atingir Mujica


Saiu no O Globo:
[…] E o governo do ex-presidente está na mira da Justiça por uma denúncia penal apresentada recentemente pelos três principais partidos de oposição, sobre supostas irregularidades na companhia petrolífera estatal Ancap e poderia enfrentar, ainda, uma ofensiva para abertura de uma comissão de investigação no Congresso sobre negócios fechados com a Venezuela durante seu mandato.
A denúncia contra a Ancap, que também envolve o primeiro governo do presidente Tabaré Vázquez (2005-2010), é um fato inédito no Uruguai e chegou ao Juizado do Crime Organizado poucos meses depois de o Parlamento ter aprovado, por lei, uma capitalização de US$ 800 milhões para a maior empresa do país, que tem o monopólio do mercado de combustíveis. Na opinião de economistas e analistas locais ouvidos pelo GLOBO, a acusação de má administração é delicada e o rombo financeiro deixado por Mujica a seu sucessor poderia superar US$ 1 bilhão.
(…)
— A Justiça determinará se foram cometidos delitos ou não, mas a magnitude da capitalização representa 2% do nosso PIB. Paralelamente, através do preço da gasolina, todos nós, uruguaios, colaboramos com a recuperação financeira da empresa — afirmou o economista Ignacio Munyo, que dedicou os últimos anos a estudar o funcionamento das companhias estatais uruguaias.,
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— Em nossa denúncia mencionamos, um por um, os erros de gestão e as normas que foram violadas. Temos a suspeita de que foram cometidos delitos. A Ancap perdeu muito dinheiro pagando sobrepreços e dando concessões sem licitação prévia, até mesmo a empresas brasileiras, entre elas a Eletrobras — apontou o senador opositor Alvaro Delgado, que diz que a Justiça poderia solicitar o depoimento de representantes de empresas brasileiras que fizeram negócios com a Ancap. — Pedimos a intimação de representantes da Eletrobras.
(…)
— À medida em que vão aparecendo problemas como esse, a imagem de Mujica fica mais deteriorada. Acho que as suspeitas sobre a Venezuela são ainda mais complicadas.
Coincidência que o ex-presidente do Uruguai, José Mujica, ligado ao Foro de São Paulo, é acusado de utilizar uma estatal como puxadinho do partido e fazer acordos suspeitos com a Venezuela? Será que o ex-presidente Mujica seguiu o mesmo modelo de aparelhamento da máquina pública para desviar recursos para um plano de poder interno e externo (Venezuela, Cuba…)?
Ficam os questionamentos sobre as ações governamentais do (ex?) símbolo de honestidade da esquerda sul-americana.

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