domingo, 1 de maio de 2016

MST e CUT fazem ato do Dia do Trabalhador e contra o impeachment


Movimentos sociais realizam a 28ª Romaria dos Trabalhadores em Cuiabá.
Manifestantes percorreram trecho de aproximadamente 3 km na Capital.

Do G1 MT
Romaria dos Trabalhadores, organizada pelo MST, é realizada em Cuiabá (Foto: Lislaine dos Anjos/G1)Romaria dos Trabalhadores, organizada pelo MST, é realizada em Cuiabá (Foto: Lislaine dos Anjos/G1)
O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e outros movimentos sociais realizaram neste domingo a 28ª Romaria dos Trabalhadores. A caminhada foi para celebrar o Dia do Trabalhador, comemorado neste 1º de maio, e para protestar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
Os manifestantes saíram da sede do Incra, no Centro Político Administrativo, em Cuiabá, e foram até a praça cultural do Bairro CPA II, um percurso de aproximadamente 3 quilômetros. A caminhada durou cerca de 1h30 e, depois, teve início um ato cultural na praça.

"Todo ano nós fazemos a romaria. Essa é a 28ª e tem um caráter diferente, porque conseguimos unir a CUT [Central Única dos Trabalhadores] com o MST e a Frente Brasil Popular em defesa dos direitos dos trabalhadores e da democracia", disse João Dourado, presidente da CUT em Mato Grosso.
CUT e MST fazem ato em favor da democracia em Cuiabá (Foto: Lislaine dos Anjos/G1)CUT e MST fazem ato em favor da democracia em Cuiabá (Foto: Lislaine dos Anjos/G1)
Os manifestantes são contrários ao processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), que está atualmente no Senado. "Vão tirar uma presidenta que foi eleita na sua maioria pelo povo brasileiro e colocar Michel Temer como presidente e Eduardo Cunha como vice-presidente. Já está comprovado que Eduardo Cunha é corrupto. O Michel Temer está sendo citado em várias delações premiadas", disse Dourado.
Deputado federal Ságuas Moraes (PT) participou de protesto (Foto: Lislaine dos Anjos/G1)Deputado federal Ságuas Moraes (PT) participou de
protesto. (Foto: Lislaine dos Anjos/G1)
Ao todo, 117 manifestantes do MST participaram do ato, segundo Dê Silva, que é da direção do MST em Mato Grosso e também integra a coordenação da Frente Brasil Popular. Segundo a organização cerca de 150 famílias estão acampadas em frente ao Incra, na Capital, desde a última terça-feira (26) e devem permanecer no local por tempo indeterminado.
"Uma das pautas da nossa romaria é a denúncia à perda dos direitos trabalhistas. E acredito que grande parte da classe trabalhadora organizada urbana não se deu conta ainda do que está em jogo com essa proposta do impeachment do governo. Para nós, é uma proposta golpista que vem simplesmente para destrir o que conseguirmos com muita luta, que foi essa jovem democracia que está sendo ameaçada", disse Dê Silva.
O deputado federal Ságuas Moraes (PT), que na Câmara dos Deputados votou contra a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, participou da manifestação em Cuiabá.
"A romaria é muito antiga, mas essa tem um significado maior, porque é também em defesa intransigente da democracia, contra o golpe. A população precisa entender que não pode, por causa de uma crise econômica e política, destituir um governo democraticamente eleito. Se assim fosse, teríamos que tirar vários governadores, prefeitos. A agenda que estão propondo [caso a Dilma saia] é uma agenda de recessão, de terceirização de todos os setores, de retirada de programas sociais, de retirada dos direitos trabalhistas", declarou.
Movimentos sociais fizeram ato cultural em praça no bairro CPA II (Foto: Lislaine dos Anjos/G1)Movimentos sociais fizeram ato cultural em praça no bairro CPA II (Foto: Lislaine dos Anjos/G1)
Nem a Polícia Militar e nem os organizadores da manifestação falaram sobre a estimativa de público.
Durante toda a semana, integrantes do MST realizaram manifestações em Cuiabá. Segundo a organização, novos atos contra o impeachment devem ser realizados na Capital durante os próximos dias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário