sexta-feira, 27 de maio de 2016

Jornal de Hiroshima pede a Obama que escute vítimas do ataque nuclear


Presidente americano será o 1º em exercício a visitar alvo de ataque nuclear.
Periódico tem tiragem de 600 mil exemplares e publicou editorial em inglês.

Da EFE
U.S. President Barack Obama (3rd R) gets off from a helicopter at an airfield near Hiroshima Peace Memorial Park and Museum in Hiroshima, Japan (Foto: Carlos Barria/Reuters)Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama (de óculos), desce de helicóptero em Hiroshima, no Japão (Foto: Carlos Barria/Reuters)
Principal jornal de Hiroshima, o "Chugoku Shimbun" pediu nesta sexta-feira (27) ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que escute as vítimas da bomba atômica lançada pelo exército americano em 1945 durante sua visita à cidade japonesa.
Em um editorial publicado em inglês, o "Chugoku Shimbun", que está em circulação desde 1892 e possui tiragem de mais de 600 mil exemplares, pediu ao líder dos EUA que escute o ponto de vista da população da cidade, que sofreu o primeiro ataque nuclear da história.
"O povo de Hiroshima estará observando de perto o presidente dos EUA e apurando se ele quer verdadeiramente avançar na abolição das armas nucleares", diz o texto de quatro páginas.
O jornal publicou também o testemunho de vários sobreviventes e fotografias dos que viviam em 1945 no marco zero do ataque - área que será visitada por Obama.
Obama será o primeiro presidente americano em exercício da história a visitar Hiroshima. Será uma passagem curta, porém histórica. Ele aterrisou por volta das 17h do horário local (5h em Brasília) e participará de uma cerimônia junto a sobreviventes da tragédia.
Ataque nuclear
No bombardeio à cidade japonesa, ocorrido em 6 de agosto de 1945, morreram cerca de 80 mil pessoas. No ataque a Nagasaki, ocorrido dias depois, 74 mil pessoas perderam a vida.
O "Chugoku Shimbun", cujas instalações se encontravam a um quilômetro do marco zero do ataque a Hiroshima, perdeu 114 trabalhadores - um terço do total de funcionários -, e só voltou a circular três dias depois.

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