Especialistas orientaram pessoas sobre riscos à saúde devido à exposição ao tabaco
Quando a massoterapeuta Maria Virgina, de 59 anos,
chegou ao grupo de cessação de tabagismo promovido pela Unimed, ela
duvidava que conseguiria largar um vício já presente em sua vida há 42
anos. Sete semanas depois, parou de fumar definitivamente. Entre os
vinte participantes, diz ter sido uma das primeiras a deixar o cigarro
de lado. “É um conquista diária. Não tinha vontade de conseguir, mas
saber que eu não estava sozinha na causa foi reconfortante”, recorda.
Ela conta que decidiu abandonar o vício quando foi obrigada a sair de um estabelecimento para fumar e , na volta, não conseguir ter fôlego para subir as escadas. Culpa dos mais de 30 cigarros que fumava diariamente. As críticas dos familiares também ajudaram. “Meus filhos reclamavam do cheiro. Apesar de ser uma decisão interna, as críticas foram fundamentais”.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) o tabagismo é responsável por 130 mil mortes por ano no Brasil. Por hora, 15 pessoas morrem em função do tabagismo. O tabaco é responsável por 90% dos casos de câncer de pulmão, sendo que dos 10% restantes, um terço são fumantes passivos. Ainda de acordo com a entidade, a frequência de fumantes no país é menor antes dos 25 anos de idade ou após os 65 anos. Belo Horizonte tem 8,9% de fumantes. Índice maior entre os homens (12,4%) do que mulheres (6%).
BH oferece tratamento gratuito
O consumo do tabaco em BH é feito por uma série de ações de políticas públicas. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito na capital mineira para quem quer parar de fumar por meio do Programa de Controle do Tabagismo. O encaminhamento é feito pela Equipe de Saúde da Família (ESF), e o atendimento é realizado no centro de saúde de referência do usuário ou para onde ele for direcionado.
A assistência em grupo é a modalidade preferencial de acompanhamento e atende em torno de 15 fumantes. Nos casos que demandam a abordagem intensiva, um médico realiza avaliação clínica e encaminha o paciente para o acompanhamento por meio de Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). Em 2015, cerca de 3 mil pessoas foram atendidas. Atualmente, 103 centros de saúde oferecem o serviço. Para saber como participar do Programa, o usuário deve procurar a sua unidade de saúde de referência.
Uma das pessoas atendidas foi Sônia Nogueira, 57, que participa há três semanas em um desses grupos. Ela esteve ontem no Hospital das Clínicas, no bairro Santa Efigênia, região Centro-Sul da cidade, para participar da ação de combate ao tabagismo promovida pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em parceria com o hospital e também com a Associação Médica de Minas Gerais. “Estou parando gradativamente. Já tentei um outras ocasiões mas sempre voltei. Hoje por exemplo só fumei um”, comemora.
“Desses atendimentos em grupo, 35% das pessoas param de fumar. Nosso resultado é bastante eficaz”, afirma a médica da SMS, Juliana Dias. Os encontros são semanais no primeiro mês, quinzenais no segundo e mensais até o sexto mês. O plano de cuidado indicará ou não a necessidade de medicamentos de apoio – pastilhas de nicotina, adesivos transdérmicos de nicotina e/ou bupropiona (antidepressivo). “O medicamentos ajudam, mas pela metodologia do processo, o nosso grupo é ainda mais eficaz”, diz a médica.
Especialista alerta para riscos do vício
A pneumologista pediátrica Maria das Graças lembra que, em 2016, o tema escolhido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para o Dia Mundial Sem Tabaco foi a padronização de embalagens. A ideia é que todas as embalagens de produto com tabaco passem a ser iguais, seguindo um padrão definido de tamanho, forma, modo de abertura, cor e fonte, mantendo-se apenas o nome da marca.
Ainda de acordo com a proposta, as embalagens padronizadas de cigarro e derivados do tabaco não devem conter logotipos, cores e imagens específicas, design característico ou textos promocionais. No Brasil, seriam mantidas apenas as advertências sanitárias que tratam dos malefícios provocados pelo tabagismo – atualmente exigidas no Brasil pelo Ministério da Saúde – e o selo da Receita Federal.
Maria das Graças também alerta para problemas causados pelo vício, que segundo ela, são propagados como uma espécie de passaporte do adolescente para a vida adulta. Segundo o Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (Erica), feito pelo Ministério da Saúde, 18,5% os adolescentes brasileiros de 12 a 17 anos já experimentaram cigarro. A proporção revela que cerca de 1,8 milhão de adolescentes nesta faixa etária já usaram, pelo menos uma vez, o produto derivado do tabaco.
“O fumo é a primeira causa evitável de morte no mundo. A segunda é o alcoolismo e a terceira e o tabagismo passivo. A medida mais eficaz para de deter o tabagismo é o aumento do preço dos produtos do tabaco, e consequentemente, o aumento dos impostos”, diz Maria.
Ainda de acordo com Ministério da Saúde, as doenças geradas pelo tabagismo ainda acarretam em aproximadamente 130 mil mortes por ano no Brasil. No mundo, informa o Instituto Nacional de Câncer (Inca), são seis milhões de óbitos anuais.
Ela conta que decidiu abandonar o vício quando foi obrigada a sair de um estabelecimento para fumar e , na volta, não conseguir ter fôlego para subir as escadas. Culpa dos mais de 30 cigarros que fumava diariamente. As críticas dos familiares também ajudaram. “Meus filhos reclamavam do cheiro. Apesar de ser uma decisão interna, as críticas foram fundamentais”.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) o tabagismo é responsável por 130 mil mortes por ano no Brasil. Por hora, 15 pessoas morrem em função do tabagismo. O tabaco é responsável por 90% dos casos de câncer de pulmão, sendo que dos 10% restantes, um terço são fumantes passivos. Ainda de acordo com a entidade, a frequência de fumantes no país é menor antes dos 25 anos de idade ou após os 65 anos. Belo Horizonte tem 8,9% de fumantes. Índice maior entre os homens (12,4%) do que mulheres (6%).
BH oferece tratamento gratuito
O consumo do tabaco em BH é feito por uma série de ações de políticas públicas. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito na capital mineira para quem quer parar de fumar por meio do Programa de Controle do Tabagismo. O encaminhamento é feito pela Equipe de Saúde da Família (ESF), e o atendimento é realizado no centro de saúde de referência do usuário ou para onde ele for direcionado.
A assistência em grupo é a modalidade preferencial de acompanhamento e atende em torno de 15 fumantes. Nos casos que demandam a abordagem intensiva, um médico realiza avaliação clínica e encaminha o paciente para o acompanhamento por meio de Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). Em 2015, cerca de 3 mil pessoas foram atendidas. Atualmente, 103 centros de saúde oferecem o serviço. Para saber como participar do Programa, o usuário deve procurar a sua unidade de saúde de referência.
Uma das pessoas atendidas foi Sônia Nogueira, 57, que participa há três semanas em um desses grupos. Ela esteve ontem no Hospital das Clínicas, no bairro Santa Efigênia, região Centro-Sul da cidade, para participar da ação de combate ao tabagismo promovida pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em parceria com o hospital e também com a Associação Médica de Minas Gerais. “Estou parando gradativamente. Já tentei um outras ocasiões mas sempre voltei. Hoje por exemplo só fumei um”, comemora.
“Desses atendimentos em grupo, 35% das pessoas param de fumar. Nosso resultado é bastante eficaz”, afirma a médica da SMS, Juliana Dias. Os encontros são semanais no primeiro mês, quinzenais no segundo e mensais até o sexto mês. O plano de cuidado indicará ou não a necessidade de medicamentos de apoio – pastilhas de nicotina, adesivos transdérmicos de nicotina e/ou bupropiona (antidepressivo). “O medicamentos ajudam, mas pela metodologia do processo, o nosso grupo é ainda mais eficaz”, diz a médica.
Especialista alerta para riscos do vício
A pneumologista pediátrica Maria das Graças lembra que, em 2016, o tema escolhido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para o Dia Mundial Sem Tabaco foi a padronização de embalagens. A ideia é que todas as embalagens de produto com tabaco passem a ser iguais, seguindo um padrão definido de tamanho, forma, modo de abertura, cor e fonte, mantendo-se apenas o nome da marca.
Ainda de acordo com a proposta, as embalagens padronizadas de cigarro e derivados do tabaco não devem conter logotipos, cores e imagens específicas, design característico ou textos promocionais. No Brasil, seriam mantidas apenas as advertências sanitárias que tratam dos malefícios provocados pelo tabagismo – atualmente exigidas no Brasil pelo Ministério da Saúde – e o selo da Receita Federal.
Maria das Graças também alerta para problemas causados pelo vício, que segundo ela, são propagados como uma espécie de passaporte do adolescente para a vida adulta. Segundo o Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (Erica), feito pelo Ministério da Saúde, 18,5% os adolescentes brasileiros de 12 a 17 anos já experimentaram cigarro. A proporção revela que cerca de 1,8 milhão de adolescentes nesta faixa etária já usaram, pelo menos uma vez, o produto derivado do tabaco.
“O fumo é a primeira causa evitável de morte no mundo. A segunda é o alcoolismo e a terceira e o tabagismo passivo. A medida mais eficaz para de deter o tabagismo é o aumento do preço dos produtos do tabaco, e consequentemente, o aumento dos impostos”, diz Maria.
Ainda de acordo com Ministério da Saúde, as doenças geradas pelo tabagismo ainda acarretam em aproximadamente 130 mil mortes por ano no Brasil. No mundo, informa o Instituto Nacional de Câncer (Inca), são seis milhões de óbitos anuais.
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