A tese ora desenvolvida será a de que a vagabundagem tomoua
si as rédeas do Brasil e vai levar muito tempo para ser afastada, devido à
omissão e traição à nação brasileira da
única força da sociedade que teria condições de destronar o bando de marginais que se
adonou dos Poderes do Estado, com
fundamento no artigo 142 da
Constituição.
As ideias socialistas esuas ramificações que se
desenvolveram mais fortemente a partir de Marx, no Século XIX, nem chegaram à maturidade e já começaram a ser distorcidas por
pensadores como Antônio Gransci, o polêmico
italiano cujo “socialismo” (moralmente deturpado) mais teve influência nas
esquerdas do Brasil , e também junto ao
próprio Foro San Pablo, fundado por Fidel Castro e Lula ,em
1990,que em última análise é quem
dá as diretrizes políticas(de esquerda) aos governantes brasileiros que
chegaram ao poder a partir de 2003.
Todavia a velha e batida guerra entre o capital e o trabalho,
alvo inicial do socialismo, que foi
quem declarou essa guerra - nem importa no momento sejusta ou injustamente
- na nova versão “tupiniquim”deixou de ser o foco
principal. Dessa “guerra”acabou nascendo uma “filha”, ou seja , uma nova classe social
exploradora, que passou a ter como suas
vítimas não mais só o trabalho, como doravante
o próprio capital. Essa nova “casta” social que se formounão é composta nem
pelos donos dos meios de produção , nem pelos trabalhadores. Como essa “casta”
não é nada chegada ao trabalho,deve ter chegado à conclusão que tanto uma classe
(a dos trabalhadores),quanto a outra (a
dos titulares dos meios de
produção) exigiria bastante trabalho
para satisfazer as próprias exigências econômicas da vida. De qualquer maneira,esses
novos “revolucionários” teriam que trabalhar,num ou noutro polo da produção, seja
como empregados ou patrões. Teria que ser feita uma enorme “ginástica” para que
essas duas classes(a dos trabalhadores e dos empresários) se tornassem as novas
escravas para sustentar a nova casta de exploradores, agora do trabalho e também do capital.
E nem é preciso “gastar” muito o raciocínio para que se
chegue a essa conclusão. Basta verificar a enorme parcela do Produto Interno
Bruto-PIBque é retirada para alimentar a fome insaciável de tributos que a
sociedade civil tem que pagar para os governos federal,estaduais e municipais,que anda beirando os 40% do PIB, tornando o Brasil o pais com a mais elevada carga
tributária do mundo, considerando o “quantum” de retorno à sociedade em
benefícios.
É exatamente dos tributosque é retirado o “alimento” que
enche os bolsos dos políticos e
burocratas governamentais espalhados como pragas daninhas em toda a máquina estatal ,da União,
Estados e Municípios. Então a grande
pergunta que se impõe é saber qual a participação desses parasitas estatais na
constituição do PIB? Certamente nenhuma. Mas se a pergunta se inverter, ou
seja, quantoessa “tchiurma” acaba embolsando dos 40% que os governos retiram do
PIB ? Sem dúvida é grande esse percentual, mesmoconsiderando somente os ganhos
lícitos, e muito mais se somados os ilícitos da corrupção astronômica que
grassa no serviço público.
Porém a maior de todas as perdaspara a sociedade não está no fato desses burocratas estatais darem
contribuição igual a “zero” para o PIB,
porém na ação nociva que exercem a
partir dos seus gabinetes e que obstaculizam um PIB que poderia ser muito maior,
não fossem as dificuldades burocráticas
e o emperramento da máquina estatal que tanto dificultam a produção econômica. A verdade é que se
gastamais energia do trabalho humano tentando
afastar as dificuldades e burocracias impostas pelo Estado, do que produzindo
propriamente dito.
Mas essesdesvios dos tributos arrecadados (40% do PIB) não
ficam restritos aos beneficiários trabalhadores formais do serviço público. Delesse beneficiam também uma
infinidade de organizações ligadas aos trabalhadores, sindicatos,
movimentos disso e daquilo( dos Sem Terra e outros “sem”),enfim um enorme elenco de
organizações, até mesmo clandestinas,explorando e vivendo às custas dos produtores
do PIB, trabalhadores e empresários.
Essa nova “elite” de não-trabalhadores, os novos patrões,que
explora tanto o capital , quanto o trabalho, concorre com os especuladores ,rentistas,banqueiros
e outros sanguessugas da economia, que
também nada produzem e só exploram o capital financeiro ,e que acabam
consumindo a maior parte da arrecadação
tributária e do suor da sociedade. Está aí o impérioda vagabundagem dando as
diretrizes ao Brasil e escravizando os
dois segmentos da produção econômica, o capital produtivo e o trabalho, numa modalidade
ainda não conhecida no mundo.
Interessante ainda é observar que são atraídos tanto para
avida sindical, quanto para a vida na política, principalmente os “trabalhadores” que nunca gostaram de trabalhar, e que conseguem com muita esperteza envolver
com extrema facilidade as suas “plateias”,passando a maior parte dos seus
tempos falando,discursando, conjeturando, xingando patrões (com toda a proteção
das leis fascistas de Mussolini),fazendo reuniões e agitando. Inclusive o
“guru”do sindicalismo,que chegou à
Presidência da República, parece que não chegou a trabalhar um só dia durante
toda a sua vida no “trabalho”, fazendo só sindicalismo e política.
A filósofaAynRand,norte-americana de origem judaico-russa ,deixou
uma frase que resume toda a situação vivida hoje pelo Brasil,que mereceria maior
divulgação pela sabedoria nela contida :”Quando
você perceber que ,para produzir,
precisa obter a autorização de quem não produz nada,quando comprovar que o
dinheiro flui para quem negocia não com bens,mas com favores,quando perceber
que muitos ficam ricos pelo suborno e pela influência, mais que pelo trabalho,
e que as leis não nos protegem deles,
mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você, quando perceber que
a corrupção é recompensada, e a
honestidade se converte em autossacrifício, então poderá afirmar ,sem temor de
errar, que a sua sociedade está condenada”. Bem analisada essa frase,ver-se-á
que ela não se afasta um só centímetro da realidade política, social e
econômica do Brasil. Até parece que ela foi feita “sob medida”.
Mas lamentavelmenteas perspectivas políticas de mudança
de toda essa situação para os próximos
anos não são nada animadoras. Comou sem afastamento da Presidente Dilma
Rousseff, a tendência é de manutenção desse “status quo”, quando muito mudando o nome dos atores desse
processo. Mas até que ponto a causa primeira estaria nessa “democracia”
deturpada que se pratica no Brasil ?
Quenem é democracia de verdade, porém oclocracia (= democracia
degenerada,corrompida) ,onde a massa ignara escolhe e cai na armadilha da pior
escória da sociedade para comandá-la ? Nelson Rodrigues cogitou dessa hipótese
em tese: “ A maior desgraça da democracia é que ela traz à tona a força
numérica dos idiotas, que são a maioria da humanidade”.
Teria sido essa a “democracia” a que se referiu o Dr. José
Eduardo Cardozo, quando hoje defendeu a Presidente Dilma ,alémda sua
competência funcional como Advogado da
AGU, no processo de impeachment a que responde perante o Senado, onde sustentou
que “a história não perdoa as violências
contra a democracia”? Essa é a sua
“democracia”,Doutor Cardozo?
Sérgio Alves de
Oliveira- Advogado e Sociólogo
Nenhum comentário:
Postar um comentário