quinta-feira, 3 de março de 2016

Trecho da delação de Delcídio obtida pela Istoé: “Lula foi o mandante dos pagamentos à família Cerveró”


Ao que parece, Delcídio, que foi preso em consequência de uma tentativa de acordo de pagamento à Cerveró para que ele não aceitasse fazer delação premiada, em que o filho de Cerveró acabou gravando e entregando o então líder do governo no Senado de bandeja para a Polícia Federal, foi apenas UM PEDIDO EXPRESSO DE LULA, como segue, trecho da reportagem bomba, da Istoé, que vazou a delação de Delcídio, mostrando detalhes sobre como Dilma e Lula participaram expressamente dos escândalos de corrupção:
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Teor explosivo: Depoimento prestado no STF por Delcídio do Amaral (PT-MS) aguarda a homologação. Na parte inferior, o termo de acordo e os principais tópicos da delação  (Fonte: Istoé)
Na delação, Delcídio não só forneceu detalhes do pagamento como fez uma revelação bombástica: disse que o mandante dos pagamentos à família Cerveró foi o ex-presidente Lula. O senador petista trata do tema no anexo 02 da delação. Segundo Delcídio, Lula pediu “expressamente” para que ele ajudasse o amigo e pecuarista José Carlos Bumlai, porque ele estaria implicado nas delações de Fernando Baiano e Nestor Cerveró. Bumlai, segundo o senador, gozava de “total intimidade” e exercia o papel de “consigliere” da família Lula – expressão usada pela máfia italiana e consagrada no filme “O Poderoso Chefão” para designar o conselheiro que detinha uma posição de liderança e representava o chefe em reuniões importantes.
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A transcrição da delação pelos procuradores diz no que consistia a ajuda exigida por Lula a Bumlai: “No caso, Delcídio intermediaria o pagamento de valores à família de Cerveró”. Na conversa com o ex-presidente, de acordo com outro trecho da delação, Delcídio diz que “aceitou intermediar a operação”, mas lhe explicou que “com José Carlos Bumlai seria difícil falar, mas que conversaria com o filho, Maurício Bumlai, com quem mantinha boa relação”. O acerto foi sacramentado. Depois de receber a quantia de Maurício Bumlai, a primeira remessa de R$ 50 mil foi entregue em mãos pelo próprio Delcídio ao advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, também preso pela Lava Jato. (Fonte: Istoé)

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