Foto: Carol Garcia/ GOVBA
O principal objetivo do encontro foi cobrar dos gestores os resultados do decreto de contingenciamento
“A crise econômica não será superada enquanto não for superada a
crise política”. A declaração do governador Rui Costa foi dada durante
reunião, nesta quarta-feira (30), com secretários e dirigentes de
empresas públicas. O principal objetivo do encontro, realizado na
Governadoria por cerca de três horas, foi cobrar dos gestores os
resultados do decreto de contingenciamento (nº 16.417/2015), publicado
em novembro do ano passado para garantir a contenção de gastos públicos e
a regularidade no pagamento dos servidores. De forma transparente, Rui
comparou os números do Estado nos meses de janeiro de 2014, 2015 e 2016,
e destacou que a situação se agravou este ano em virtude da queda na
arrecadação. “Temos que trabalhar muito e não podemos perder a
capacidade fiscal”, afirmou o governador. Apesar da crise econômica que
atravessa o Brasil e atinge a Bahia, Rui garantiu que os serviços
essenciais oferecidos pelo Governo serão mantidos, mas para isso vai
cobrar a participação de todos na luta pela redução das despesas na
máquina pública. “É uma questão de responsabilidade e sobrevivência”,
pontuou. Rui também disse que é imperativo continuar revendo contratos e
métodos para garantir que a Bahia continue no caminho certo. Ele
lembrou que 19 estados já atrasaram salários dos servidores públicos,
enquanto a Bahia continua honrando seus compromissos, mesmo com a
redução dos repasses federais e do fundo de participação. “Precisamos
estar unidos. Apenas assim, e com muitos esforços, vamos superar as
dificuldades”, afirmou ao pedir a compreensão e empenho de todos para o
momento. Mais uma vez, o governador revelou sua preocupação com as
despesas com pessoal, tendo em vista que esta já atingiu 47,55% do
orçamento, superando o limite prudencial de 46,17%. Questionado sobre a
possibilidade de reajuste este ano, Rui disse que, principalmente por
conta da ligação histórica com o sindicalismo, “é doloroso não ter
condições de negociar salário com os trabalhadores”. Em relação aos
terceirizados, o governador determinou um amplo estudo: “essa situação
dos terceirizados precisa ser resolvida com urgência. Os contratos
precisam ser revistos de uma forma moderna e inteligente, porque é
constrangedor e inadmissível permitir atraso no salário dos
trabalhadores. É inaceitável. O modelo que atualmente adotamos gera
prejuízos para o trabalhador, para as empresas e para o Estado”,
afirmou. Na reunião, o governador também anunciou que está sendo
estudada a criação de uma central de serviços com o objetivo de otimizar
áreas como segurança, limpeza e transporte dentro da estrutura do
Governo.POLITICA LIVRE
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