No Twitter, Temer diz que é 'muito procurado', mas nega negociar cargos

Vice-presidente postou mensagens na rede social nesta quinta.
Segundo assessoria, ele respondeu a notícias sobre assunto.

Filipe MatosoDo G1, em Brasília

Publicação do vice-presidente Michel Temer em sua conta no microblog Twitter (Foto: Reprodução/Twitter)

O vice-presidente da República Michel Temer utilizou sua conta no microblog Twitter nesta quinta-feira (31) para dizer que, embora seja “muito procurado”, não negocia cargos no governo.

Procurada pelo G1, a assessoria de Temer informou que as mensagens foram postadas por ele nas redes sociais para responder a notícias que têm saído na imprensa de que o peemedebista estaria costurando apoio político por meio da negociação cargos com partidos – se a presidente Dilma Rousseff sofrer impeachment, ele assumirá a Presidência.

 

“Outro registro que quero fazer é que eu já estaria negociando cargos, recebendo parlamentares e partidos para fazer negociação de cargos. Sou muito procurado mas não trato desse assunto. Não trato sequer do assunto do que possa ou não possa acontecer”, publicou Temer no Twitter.

Presidente nacional do PMDB, Temer articulou junto aos seus aliados no partido que eles votassem de forma unificada pelo rompimento da legenda com o governo da presidente Dilma Rousseff, o que ocorreu na última terça (29) – o partido também decidiu que quem ocupa cargos deverá entregá-los.Temer não participou da reunião, segundo a assessoria, para não "influenciar" o resultado. A relação entre ele e a presidente Dilma vive o momento de maior desgaste.

Temer iniciou a série de mensagens desta quinta no Twitter afirmando que foi deputado constituinte e ajudou a “estruturar” o poder Judiciário, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal. Sem entrar em detalhes, o vice-presidente acrescentou que tem tem formação jurídica voltada para o Direito Constitucional e “jamais” interferiria em processo judicial em andamento no Ministério Público.
“No país, cada um cumpre a sua função. Tenho salientado que nós do Executivo, Legislativo e Judiciário somos apenas exercentes do poder. O poder não é nosso, o poder é do povo. Então, registro com muita ênfase que sou muito atento à institucionalidade e, portanto, jamais haveria de influenciar outro poder”, acrescentou.