terça-feira, 29 de março de 2016

Congresso começa a viver o clima de guerra do impeachment


Brasília - O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Cláudio Lamachia, após protocolar novo pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Em meio ao tumulto, Lamachia protocolou o pedido de impeachment
Deu em O Globo
Manifestantes a favor e contra o impeachment se enfrentaram, com “guerra de palavras de ordem”, no Salão Verde da Câmara nesta segunda-feira. Os manifestantes a favor do afastamento da presidente Dilma Rousseff, a maioria formada por advogados da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), liderados pelo presidente nacional Claudio Lamachia, estavam no local para entregar um novo pedido de impeachment, quando manifestantes contrários à saída da presidente Dilma Rousseff – que já tinham participado de um ato no Anexo II da Casa – chegaram.
Seguranças da Câmara se posicionaram entre os dois grupos, mas o enfrentamento foi apenas com palavras. Como em uma guerra de torcida de escola ou de futebol, um dos lados puxa palavras de ordem e o outro espera um pouco e reage com outro bordão.
Do lado dos que criticavam o impeachment, entre as frases gritadas estavam: “Golpistas, golpistas, não passarão” e “A OAB apoiou a ditadura”. Os advogados da OAB reagiram gritando “Lula ladrão” e cantaram o hino nacional.
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O QUE RESTOU DA BASE ALIADA SE MANIFESTOU

Débora Álvares
Folha
Numa semana considerada decisiva, parlamentares do PT, PCdoB e do PSOL fizeram uma manifestação na Câmara dos Deputados na tarde desta segunda-feira (28) contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Reunidos em uma área de trânsito do prédio principal para o anexo II, os deputados e senadores discursaram na presença de militantes contrários ao impeachment e funcionários de alguns gabinetes. Participaram cerca de 70 pessoas.
Aos gritos de “não vai ter golpe, vai ter luta”, rebateram o argumento das pedaladas fiscais utilizado para embasar o pedido de afastamento de Dilma. Distribuíram também rosas vermelhas.
Um grupo pró-impeachment que acompanhava o movimento respondia os gritos de guerra dos defensores da petista com “vai ter impeachment”.
CONTRA CUNHA
Também houve discursos contrários ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que deflagrou o processo de impeachment em dezembro e tem atuado pessoalmente nos bastidores para acelerar o processo.
Essa semana é considerada decisiva pelo Palácio do Planalto. Amanhã, a cúpula do PMDB, maior partido da base, se reúne para decidir o futuro no governo. A tendência é de desembarque, o que deve gerar um efeito cascata em outros partidos aliados, como PP, PSD e PR, que devem acompanhar o movimento.

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