A reunião do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados para
analisar o parecer que pede a cassação do mandato do presidente da Casa,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi suspensa, há pouco, em razão do início da
ordem do dia no plenário. Após uma solicitação do deputado Júlio Delgado
(PSB-MG), o presidente do conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA),
suspendeu os trabalhos. O regimento interno da Câmara determina que as
comissões não podem funcionar quando há a ordem do dia, votações em
Plenário. Araújo disse que tentará retomar a reunião após as
votações. Segundo Delgado, o deputado Washington Reis (PMDB-RJ), aliado
de Cunha, pediu a leitura da ata da reunião anterior para validar a
reunião e depois pedir sua anulação, com o argumento de que a ordem do
dia já havia dido iniciada. “Mais uma vez é clara [a manobra]… Como está
ocorrendo a ordem do dia, é mais prudente suspender e voltar quando ela
for encerrada”, disse ele. “Encerrada a ordem do dia, temos quórum para
voltar à nossa reunião”, completou. Ontem (23) os deputados iniciaram a
discussão do parecer, mas aliados de Cunha apresentaram diversas
questões de ordem a Araújo, prolongando a sessão, que foi encerrada sem a
votação do parecer. Mais de 20 deputados estão inscritos para debater o
parecer. De acordo com Araújo, somente após todos os inscritos terem se
pronunciado é que o texto será colocado em votação. “Eu só vou colocar o
parecer para votação, encerrada a discussão. Quando acabar a lista dos
inscritos”, informou o presidente do conselho. Na reunião desta
quarta-feira, os deputados continuariam a discussão sobre a
admissibilidade do relatório. Em geral, as votações do plenário no
período da tarde só começam efetivamente após as 17h, apesar de
agendadas para as 14h30. Contudo, Cunha, que marcou para 9h as votações
desta quarta-feira e acabou estendendo a sessão do plenário pela tarde,
convocando uma sessão extraordinária para analisar um projeto de lei que
tipifica o crime de terrorismo. POLÍTICA LIVRE
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário