Dilma ocupa rede de televisão para nos convocar a matar mosquito e para falar bem de si mesma
Brasileiras e brasileiros
Peço licença para entrar na casa de vocês e falar de um assunto
muitíssimo importante. Não vou falar sobre política ou sobre economia.
Vou falar sobre saúde e sobre uma luta urgente que temos que travar
neste momento, em defesa das nossas famílias. Uma luta que deve unir
todos nós.
Convoco cada um de vocês para lutarmos juntos contra a propagação do mosquito transmissor do vírus zika. Este vírus, de presença recente no Brasil e na América Latina, deixou de ser um pesadelo distante para se transformar em ameaça real aos lares de todos os brasileiros. Quando acomete mulheres grávidas, pode comprometer o desenvolvimento do cérebro do feto, causando a microcefalia.
Convoco cada um de vocês para lutarmos juntos contra a propagação do mosquito transmissor do vírus zika. Este vírus, de presença recente no Brasil e na América Latina, deixou de ser um pesadelo distante para se transformar em ameaça real aos lares de todos os brasileiros. Quando acomete mulheres grávidas, pode comprometer o desenvolvimento do cérebro do feto, causando a microcefalia.
O vírus
zika, transmitido pelo mosquito, não tem nacionalidade. Começou na
África, se espalhou pelo Sudeste da Ásia, pela Oceania e agora está na
América Latina. E este foi um processo excepcionalmente rápido, a partir
do ano passado.
O mosquito
que transmite o vírus zika pode estar na casa do seu vizinho. Pode
estar na sua casa, desde que haja criadouros. Ou seja, água parada
contida em caixas d’água, vasos de flores, piscinas, bueiros, garrafas,
pneus ou qualquer recipiente descartado como lixo.
Ele só
precisa depositar seus ovos em água parada, limpa ou suja, para nascer,
se proliferar e picar pessoas de modo a contaminá-las. Enquanto não
desenvolvermos uma vacina contra o vírus zika, precisamos combater o
mosquito. E a maneira mais eficaz é não deixando ele nascer, destruindo
os seus criadouros, que em mais de dois terços estão dentro das nossas
residências.
A guerra
contra o mosquito transmissor do zika é complexa, porque deve ser
travada em todos os lugares e por isso exige engajamento de todos. Se
nos unirmos, a maneira de lutar se torna simples. Não podemos admitir a
derrota porque a vitória depende da nossa determinação em eliminar os
criadouros.
Repito:
basta que impeçamos o mosquito transmissor de se reproduzir em águas
paradas. Se o mosquito não nascer, o vírus zika não tem como viver.
O
principal instrumento está em nossas mãos: o cuidado contínuo em nossas
casas, em nosso trabalho, nas nossas escolas, nos logradouros públicos,
em todos os lugares para que estes não se transformem em lares para o
mosquito transmissor do vírus zika.
O governo
está colocando todos os recursos financeiros, tecnológicos e humanos
necessários nessa luta em defesa da vida. Inclusive, buscamos parcerias
com vários laboratórios internacionais, para que possamos desenvolver, o
mais depressa possível, a vacina. Conversei com o presidente Obama e
acertamos colaborar nesse desafio.
No sábado,
dia 13, deflagraremos uma megaoperação, envolvendo 220 mil homens e
mulheres das Forças Armadas. Os governos estaduais e municipais também
estão mobilizados.
Vamos nos
espalhar por todo território nacional e, junto com os agentes de endemia
e de saúde, junto com você, vamos visitar o máximo possível de casas,
para destruir os criadouros do mosquito.
Vamos,
também, travar essa luta em todas as unidades do governo federal, em
todos os estados da Federação. Vamos eliminar os criadouros nos
quartéis, nas unidades de saúde, em todos os prédios do governo. Cada
funcionário público federal deve se transformar num combatente contra o
mosquito e sua reprodução.
Todos nós
precisamos entrar nessa verdadeira batalha. Precisamos da ajuda e da boa
vontade de todos. Colabore! Mobilize sua família e sua comunidade.
Vou
insistir: como a ciência ainda não desenvolveu uma vacina contra o vírus
zika, o único remédio realmente eficiente que temos para prevenir essa
doença é o vigoroso combate ao mosquito.
Quero
transmitir, agora, uma palavra especial de conforto às mulheres
brasileiras, principalmente às mães e às futuras mamães. Faremos tudo,
absolutamente tudo que estiver ao nosso alcance, para protegê-las.
Faremos tudo, absolutamente tudo, para apoiar as crianças atingidas pela
microcefalia e suas famílias.
Estamos
mobilizando a rede de saúde e a rede de assistência e todos os recursos
necessários para ajudá-los a cuidar das crianças afetadas pela
microcefalia. Por favor, ajudem-nos a lhes proteger. Formemos um grande
exército de paz e de saúde, com a participação dos 204 milhões de
brasileiros e brasileiras.
Vamos
provar, mais uma vez, que o Brasil é forte, tem um povo consciente, e
não será derrotado por um mosquito e pelo vírus que ele carrega.
Mais que nunca, o Brasil precisa da nossa união!
Obrigada e boa noite.
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