sábado, 30 de janeiro de 2016

Yemanjá ganha oferenda ecológica


O evento tem início às 9h, com um café da manhã, e chega ao seu ponto alto às 11h, com um cortejo religioso em homenagem à divindade do mar

por
Albenísio Fonseca
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Foto: Divulgação
A comunidade da Gamboa de Baixo, ao lado do Museu de Arte Moderna da Bahia, no Solar do Unhão, promove, neste sábado (30/1), a terceira edição da Oferenda Ecológica para Yemanjá. O evento tem início às 9h, com um café da manhã, e chega ao seu ponto alto às 11h, com um cortejo religioso em homenagem à divindade do mar.
A concentração, os balaios, o café da manhã e uma feijoada após o evento acontecem na sede do Musas-Museu Street Art Salvador, na Gamboa de Baixo. Como no ano passado, a ação é uma iniciativa do próprio Musas em conjunto com o CEN-Coletivo de Entidades Negras, entidade nacional do movimento negro e conta com a participação do afoxé Filhas de Gandhy.
Responsável pela organização do evento, a equede Noélia Pires, do Terreiro Omi Tolá e coordenadora estadual de Religiões de Matriz Africana do CEN, explica que “o balaio arriado para Yemanjá é formado apenas por objetos não-poluentes, mantendo a relação tradicional e essencial entre o candomblé e a proteção do meio-ambiente”.
Segundo ela, “elementos como sabonetes e frascos de perfumes, comumente jogados no mar pela população para saudar a orixá, ficam de fora do presente  ecológico. Como o candomblé trabalha pelo equilíbrio do meio-ambiente, não colocamos objetos que agridam a natureza, para que não fujamos da tradição”, explica a líder religiosa.
Noélia explica, ainda, que a realização da atividade em dias anteriores às famosas festividades no Rio Vermelho e em Itapuã, além de ser uma atividade congregadora dos moradores da Gamboa de Baixo, tem o objetivo de dar destaque a estes eventos, considerados “muito importantes para o povo de santo”, conforme ressaltou.
”O presente ecológico é uma forma educativa de saudar nossa ancestralidade. As pessoas precisam cuidar da natureza e buscar o equilíbrio das energias”, defendeu.

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