Carlos Hernique
O barbeiro Adelson Martins aposta no wi fi e na “gelada” para manter a clientela bem servida
Com investimento de R$ 500 mil e um estilo pra lá de vintage, a Big John Barber Shop abriu as portas no último dia 12. Localizada na alameda Oscar Niemeyer, no bairro Vila da Serra, o estabelecimento oferece serviços de barbearia e os mais diversos tipos de tratamentos para as madeixas masculinas, como luzes, hidratação, camuflagem e selagem dos fios.
A partir de fevereiro, entram também podologia, massagem corporal, depilação e até tatuagens. Tudo isso regado a uma taça de vinho de primeira qualidade, um copo de uísque ou uma cerveja – são mais de 30 rótulos, entre belgas, italianas e holandesas. Para quem aprecia, tem até charutos. Na jukebox, só jazz e blues.
“Geralmente, o homem vê a ida ao cabeleireiro como uma obrigação. Ele olha no espelho e sente que está na hora de cortar o cabelo ou fazer a barba. Mas não enxerga isso como uma atividade prazerosa. Então a nossa intenção foi justamente transformar a necessidade em desejo”, diz o empresário e fundador da casa, João Marcelo Diniz.
João Marcelo Diniz, da Big John Barber: “Nossa intenção foi transformar a necessidade em desejo”
“Quando voltei para Belo Horizonte, em maio do ano passado, me deu a vontade de fazer algo parecido por aqui”, conta.
Determinado, ele fez novamente as malas e embarcou rumo a Irlanda. Ficou por lá três meses, tempo suficiente para aprender tudo sobre o ramo em um dos melhores cursos de barbeiro do mundo. Não faltaram lições sobre gestão, normas sanitárias e visagismo, conjunto de técnicas usadas para valorizar beleza e harmonia de um rosto. O treinamento especial foi passado aos três funcionários que hoje integram a equipe. O corte custa R$ 65 e a barba, R$ 40.
“Nas últimas duas semanas, já recebemos um movimento equivalente ao esperado para o mês inteiro. E dificilmente alguém senta na cadeira do barbeiro sem consumir uma cerveja ou drink”, comemora.
Para se diferenciar, espaços apostam em barber girl e serviço de alfaiataria
Inspirado na lendária máfia italiana, o Il Capo Club fez a estreia no mercado em dezembro do ano passado, após investimento de R$ 500 mil. Situado em Lourdes, a casa une gastronomia, música, jogos como pôquer e fliperama, e uma barbearia à moda antiga, com cadeiras que remetem à década de 1940.
Gabriel Maciel, do Il Capo Club, O Chefe, inspirado na máfia italiana: sinuca, pôquer e fliperama em uma barbearia à moda antiga
“O pessoal vem na hora do almoço e só vai embora à noite”, diz. No cardápio, além dos cuidados com a beleza, a casa oferece carta de vinhos, massas, risotos, hambúrgueres especiais e cervejas artesanais.
Com inauguração marcada para depois do carnaval, a Razor Bros Barbershop promete oferecer à clientela um misto de barbearia e alfaiataria. “Fechamos uma parceria com a Bárbara Santiago, a única alfaiate mulher do Brasil”, propaga um dos sócios, o empresário Paulo Henrique Santos. Também cerca de R$ 500 mil foram investidos no espaço de 220 metros quadrados, na Savassi.
No ramo desde 1983, o barbeiro Adelson Martins resolveu mudar de endereço e, há dois anos, abriu na rua Ceará (Santa Efigênia) um salão só para marmanjos. “Percebi que os homens se sentem mais à vontade num local só deles do que em salão misto”. Para não ficar atrás da concorrência, ele instalou um freezer com long necks e oferece wi-fi gratuito e revistas. O corte sai por R$ 40.
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